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Sesapi confima 12 casos de microcefalia e 4 suspeitas no Piauí

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A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) divulgou nota no começo da noite desta quinta-feira confirmando 10 casos de microcefalia em recém-nascidos e dois intrauterinos e ainda quatro em investigação no Estado do Piauí. De acordo com a Sesapi os casos estão incluídos em período compreendido nas três últimas semanas, de bebês nascidos na Maternidade Dona Evangelina Rosa e até utubro de 2015, foi notificado, no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos, apenas um caso de microcefalia no Estado.

A Sesapi informa ainda através da nota que na série histórica, de 2013 a 2014, foram quatro e seis casos confirmados, respectivamente. “Por ser um agravo inusitado, ou seja, de desconhecida causa, e diante do Alerta Epidemiológico emitido pelo Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde vai montar uma comissão para investigação dos casos, elaborar plano de ação e, concomitante, criar protocolo de atendimento. Os trabalhos iniciais ocorrerão a partir desta sexta, 13, envolvendo técnicos da Secretaria de Saúde. E, por determinação do secretário de Estado da Saúde, Francisco Costa, a equipe de Epidemiologia deve investigar se há ocorrência de casos de microcefalia nos hospitais da rede pública estadual do Estado”, diz o texto da nota.

 

Na quarta-feira a tarde o Ministro da Saúde Marcelo Castro informou que o ministério está acompanhando a notificação e investigação dos casos de microcefalia em Pernambuco desde o dia 22 de outubro, quando foi notificado. Ontem o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às investigações. Trata-se de um mecanismo previsto em lei para casos de emergências em saúde pública que demandem o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.

No final da tarde desta quinta-feira, O diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, aconselhou mulheres de Pernambuco a adiarem os planos de gravidez até que haja maior clareza sobre as causas do aumento de casos de bebês com microcefalia no Estado. “Não engravidem agora. Esse é o conselho mais sóbrio que pode ser dado”, disse ele. No estado, até o momento, 141 casos da malformação no Estado foram identificados principalmente a partir de agosto em 55 cidades. O indicador é 15 vezes superior à média registrada entre 2010 e 2014, de 9 casos por ano. No Piauí, além da nota nenhuma orientação neste sentido foi dada.

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Veja perguntas e respostas que ajudam a entender o problema

Microcefalia é uma má formação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação. Outros possíveis causadores são abuso de álcool e drogas ilícitas na gestação e síndromes genéticas como a síndrome de down.

As principais infecções congênitas associadas à microcefalia são: Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovirose, Sífilis e Herpes vírus.

– Como saber se o bebê tem microcefalia?
A microcefalia é diagnosticada quando o perímetro da cabeça é igual ou menor do que 33 cm – o esperado é que bebês tenham pelo menos 34 cm. Mas atenção: isso vale apenas para crianças nascidas a termo (com 9 meses de gravidez). No caso de prematuros, esses valores mudam e dependem da idade gestacional em que ocorre o parto.

– A microcefalia está associada a outros problemas? Que sequelas a criança pode ter?
Em 90% dos casos a microcefalia vem associada a um atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor. O tipo e o nível de gravidade da sequela variam caso a caso, e em alguns casos a inteligência da criança não é afetada. Déficit cognitivo, visual ou auditivo e epilepsia são alguns problemas que podem aparecer nas crianças com microcefalia.

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– A cabeça da criança que nasce com microcefalia continua crescendo menos do que o normal?
Sim. Ela cresce ao longo da infância, mas menos do que a média.

– Existe tratamento?
Não há como reverter a microcefalia com medicamentos ou outros tratamentos específicos. Mas é possível melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança com o acompanhamento por profissionais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.

– Existe prevenção?
Um bom acompanhamento pré-natal pode ajudar a diminuir o risco. A gestante também deve sempre procurar o médico se sentir sintomas de infecção, como febre, além de evitar o abuso de álcool e drogas ilícitas.

– Há relatos de “surtos” de microcefalia anteriores no Brasil ou em outros países?
Segundo o Ministério da Saúde, a situação atual é inédita e não há relatos na literatura científica de outros casos.

– Por que tantas crianças estão nascendo com microcefalia no Nordeste?
As causas ainda estão sendo investigadas. Uma das hipóteses relaciona o aumento de casos a infecções por zika vírus – vírus que foi identificado pela primeira vez no país em abril deste ano.

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Segundo documento divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SEVS/SES-PE), parte das mulheres que tiveram bebês com microcefalia apresentaram erupções na pele durante a gravidez. Apesar de este ser um dos sintomas do zika vírus, não há evidências suficientes para associá-lo à microcefalia, de acordo com o órgão.

– Qual é a recomendação do Ministério da Saúde às gestantes?
Neste momento, o ministério pede que as grávidas não usem medicamentos não prescritos por profissionais de saúde e que façam um pré-natal qualificado e todos os exames previstos. Recomenda, ainda, que elas relatem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação.

 

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