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Sete dias após acidente que matou família, corpos não foram liberados

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Uma semana após o acidente que vitimou uma família inteira, em que os pais e duas crianças morreram carbonizados, os restos mortais das vítimas seguem sem previsão de liberação no Instituto de Medicina Legal de Teresina (IML). A tragédia aconteceu no dia 25, na BR-135 na cidade de Cristalândia, extremo sul do Piauí, na divisa com a Bahia.

Janiel Guedes, coordenador estadual do IML (Foto: Gustavo Almeida/G1)Janiel Guedes, diretor estadual do IML
(Foto: Gustavo Almeida/G1)

Segundo o diretor do IML, Janiel Guedes, a coleta de um dos familiares já foi feita, mas ainda não foi analisada porque existe uma dívida entre o estado e a empresa que fornecia os kits de coleta. “Já fizemos a coleta do material genético de um familiar, porém o estado tem que resolver a pendência com a empresa e assim que isso for feito, nós estaremos enviando para o estado de Pernambuco ou Paraíba para que a análise seja feita”, disse.

Os veículos ficaram carbonizados apóso choque em Cristalândia (Foto: Arquivo pessoal)Os veículos ficaram carbonizados apóso choque
em Cristalândia (Foto: Arquivo pessoal)

Ainda segundo Janiel, não há previsão para que a análise e liberação dos corpos seja feita. “Não posso afirmar uma data porque não depende de mim, mas assim que o estado resolver nós estaremos enviando esse material e liberando os corpos o mais rápido possível”, contou.

Outro problema é que o material genético coletado de um familiar não é suficiente para comparar com o das crianças. “Já solicitamos de um médico da cidade de Corrente, que ele faça a coleta dos avós da criança. Só assim poderemos chegar ao grau de comparação de todas as vítimas”, explicou.

Acúmulo de corpos sem identificação
De acordo com Janiel Guedes, são pelo menos 12 corpos estão no Instituto de Medicina Legal de Teresina a espera de identificação. A ausência da realização de DNA, ocasiona também a paralisação de inquéritos que necessitam de um resultado científico.

Os exames de DNA para inquéritos policiais no Piauí  estão sem serem realizados há um ano. A denúncia foi feita pelo G1 no mês de novembro do ano passado e desde então a realidade não mudou.

Na época, Juliêta Castelo Branco, diretora do Instituto de Criminalística do Piauí, afirmou que desde fevereiro de 2016 os inquéritos policiais que precisão de exames de DNA para serem concluídos estão totalmente parados por falta de material e pessoal.

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Juliêta Castelo explicou que todo o material que é coletado para a realização dos exames é apenas guardado. A análise não é feita por falta de pagamento para a empresa que fornecia os kits de coleta, além da falta de pessoal e de um laboratório próprio.

Acidente que vitimou as família
O carro com as vítimas seguida do Povoado Pau D’arco em Cristalândia para Corrente (PI) quando colidiu com um caminhão tanque que estava no sentido contrário. Um casal e dois filhos estavam no carro e morreram carbonizados.

G1

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