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Só 38% pagam conta de energia elétrica em dia no Piauí

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O estado do Piauí possui 1,1 milhão de consumidores de energia elétrica, dos quais apenas 38% pagam a conta em dia. O dado foi divulgado pelo novo presidente da Eletrobras Distribuição Piauí, Marcelino da Cunha Machado Neto. Aliado ao furto do produto, o rombo na empresa chega a R$ 320 milhões. O dinheiro poderia estar sendo usado em melhorias no sistema, já que desde 2013 a capacidade de investimentos da empresa vem caindo. Saiu de R$ 300 milhões por ano para R$ 160 milhões em 2014.
Para o próximo ano, a meta é aplicar R$ 446 milhões em melhorias no sistema elétrico, informou Marcelino Machado. “Imagine o caos que isso (os furtos de energia e a inadimplência) não traz para o caixa de uma empresa?! E todos sabem que o caixa da empresa mata a empresa. É preciso que os consumidores sejam mais assíduos no pagamento da sua conta de energia, até para cobrar com mais propriedade a qualidade do serviço”, reitera o presidente.
Só de inadimplência o prejuízo é de R$ 200 milhões por ano, destaca o presidente da empresa, no cargo desde a semana passada. “A gente nunca consegue receber tudo. A partir do momento em que a dívida fica muito velha, precisamos lançar mão de ferramentas que são caríssimas, que é a inscrição em órgão de restrição a crédito; o corte no fornecimento de energia elétrica, que é grosseiro e caro”, lamenta. “Este recurso a gente poderia aplicar em investimento”.
Segundo ele, pior que a inadimplência é a perda da energia. No Piauí, ela se aproxima dos 30% do volume operado pela distribuidora, o que representa perdas de algo em torno de R$ 120 milhões anuais. “Deste índice, aproximadamente 18% é furto de energia. Esse recurso que é desviado, que é a energia que nós compramos, pagamos e não recebemos, chega a algo em torno de R$ 120 milhões por ano”, diz ele.
Marcelino Cunha ressalta que o problema traz prejuízo para a empresa, que poderia estar alocando os recursos em investimentos, o governo do Estado, que perde receita de tributo, na arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e perde o governo federal, nas receitas de PIS e Cofins. “Termina perdendo todo mundo, já que esses tributos normalmente são alocados em saúde, educação e segurança”, alerta.
Fonte: Diário do Povo
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