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Taxa de mortalidade infantil melhora no Piauí, mas ainda é a 5ª pior do país

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A taxa de mortalidade infantil no Piauí registrou redução nos últimos dez anos, mas ainda continua entre as mais altas do país. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e compõe a síntese de indicadores sociais com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2014).

De acordo com a amostragem, 20,4 de cada mil nascidos vivos no Piauí morrem antes mesmo de completar um ano de vida. O índice está acima da média nacional, que ficou em 14,4, também com redução na última década. A taxa piauiense é a quinta maior do país, ficando atrás apenas de Amapá, Maranhão, Alagoas e Acre, respectivamente.

O último mapeamento realizado em 2004 apontou que o estado possuía naquele ano uma taxa de mortalidade de 30,0, enquanto a média do país era de 23,4. Apesar de a pesquisa ser uma amostragem, a chefe da Supervisão de Disseminação de Informações do IBGE no Piauí, Semíramis Freire, destaca que a taxa pode até ser maior.

“Ela pode ser maior porque ainda temos uma grande quantidade de óbitos não registrados no Piauí. Muitas vezes uma criança da zona rural de uma cidade lá do interior morre e para a mãe sair do local onde mora e ir até outra cidade registrar o óbito acaba sendo dispendioso. Muitos morrem sem o estado saber que existiram”, falou.

Ao G1, a coordenadora de atenção à saúde da criança e do adolescente da Secretaria Estadual da Saúde (Sesapi), Consolação Nascimento, informou que os dados do IBGE são diferentes dos contabilizados pela secretaria. Segundo ela, o atual índice apontado pelo sistema utilizado pelo governo do estado está em 15,4, faltando ainda ser fechado.

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A baixa qualidade do pré-natal, a prematuridade e complicações respiratórias foram listadas pela coordenadora como as principais causas para a mortalidade no Piauí. Ela afirma que a meta estabelecida na pactuação entre a Sesapi e o Ministério da Saúde é de reduzir a taxa para 15,2 em 2016.

“A gente gostaria que fosse ainda menor, mas o nosso dado não é preocupante. Já essa taxa apontada pelo IBGE nos preocupa”, revelou.

Os números do IBGE mostraram ainda que a esperança de vida ao nascer no estado em 2014 ficou em 70,7 anos, ante 68,7 apontado na pesquisa realizada há dez anos. O dado é calculado a partir do padrão de mortalidade observado no período e expressa o número médio de anos de vida que se espera que o recém-nascido viva.

 

G1

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