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Taxa de mortes por moto no Piauí é a maior do Brasil

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O Piauí está no topo do ranking da taxa de mortalidade por acidente envolvendo motociclistas em nível nacional. O Estado apresenta uma taxa de 19,8 óbitos para cada 100 mil habitantes. É a maior taxa do Brasil, seguido de Roraima com 15,7 e Sergipe, com 15,4 óbitos para cada 100 mil habitantes.

Os dados são do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do IBGE, apresentados pelo Ministério da Saúde durante reunião com governadores e a presidente Dilma Rousseff na semana passada, quando foi levada uma proposta de pactuação para a redução de mortes no trânsito. O governador Wellington Dias esteve presente na reunião.

A proposta levada aos governadores envolve sete ministérios e tem como um dos principais eixos a prevenção de mortes e sequelas causadas por motocicletas, a principal causa de morte no trânsito. O número tem preocupado autoridades em nível nacional e local.

Os dados do Ministério da Saúde destacam também que, no Brasil, 42,2 mil pessoas morreram devido a acidentes de trânsito. Deste número, 12.040 são motociclistas, 11.086 são passageiros e 8.221 pedestres. Vale destacar que o Sistema Único de Saúde chega a gastar R$ 112,9 milhões com vítimas de motocicletas.

No Piauí os números são justificados pela imprudência. Nas ruas e avenidas do Estado motoqueiros colocam em risco a própria vida. Transitar em alta velocidade, sem habilitação e sem capacete são as principais infrações.

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Situação é agravada pela combinação do álcool ao ato de dirigir. A gerente de Educação da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans), Samyra Mota, confirma os dados e garante que o motociclista é o grupo de maior risco.

“Os motociclistas são os condutores mais trabalhados pela Strans com o Programa ‘Vida no Trânsito’. A gente observa com base nos relatórios que a imprudência é a principal causa dos acidentes. É motociclista que anda no ponto cego dos condutores, transita em ziguezague pelos carros, sem habilitação, não usa capacete e nem sinaliza”, cita.

Segundo Samyra Mota, para evitar maiores danos aos motociclistas em situação de acidente, é importante atentar aos acessórios obrigatórios e roupas adequadas.

“O motociclista não é o grande vilão, mas tem que se proteger, porque o para-choque da moto é ele. Em situação de acidente, ele é o primeiro a sentir o impacto.Então ele deve tomar todos os cuidados, roupa adequada, calça jeans, sapato acima do tornozelo e capacete afivelado, porque não adianta apenas colocar em cima da cabeça, sem ajustar no queixo”, explica.

Para a diretora da Escola de Trânsito do Piauí, Geovanna Moura, a autoconfiança dos condutores, principalmente dos motociclistas, é um dos maiores problemas.

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“Infelizmente, a gente está liderando esse ranking. Mas o Detran não está apenas fiscalizando, continuamos com as campanhas educativas, porque os condutores não podem alimentar a falsa ideia de que nada pode acontecer a ele, como se não tivesse em risco. Às vezes, a autoconfiança na direção é tão grande que ele acaba sendo vítima”, aponta.

Teresina entre as cidades prioritárias para receber medidas preventivas

Para a apresentação do Plano Nacional de Enfrentamento a acidentes de trânsito, que foi pactuado entre os governadores de todos os estados do Brasil, foram selecionados 322 municípios prioritários para a aplicação de medidas preventivas.

Teresina é a segunda cidade prioritária, por registrar altos índices de óbitos nos anos de 2010 a 2013, perdendo apenas para a capital de São Paulo.

O principal objetivo do plano é reduzir a tendência de aumento das lesões graves e mortes por acidentes de trânsito, com ênfase nas mortes envolvendo motociclistas. Já as metas são reduzir o incremento médio anual em 2015 e 2016 em 20% e também estabilizar a taxa de mortalidade envolvendo motociclistas em 2020 nos valores de 2013.

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