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‘Vinham cometendo erro’, diz modelo vítima de racismo sobre Miss Brasil

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Kayra Nascimento, 20 anos, uma das concorrentes do Miss Piauí 2016, que denunciou ter sofrido injúria racial por parte da organização-geral do concurso, disse ao G1 que a escolha da paranaense Raissa Santana como a mais nova Miss Brasil deve ser um incentivo para que outras jovens negras percam o medo de concorrer em concursos de beleza.

Kayra, que há 5 anos trabalha como modelo, disse ainda que o Brasil “vinha comentendo um erro” ao não eleger uma miss negra desde 1986, ou seja, há 30 anos, quando a gaúcha Deise Nunes conquistou o título.

“Vinham cometendo erro. Quem sabe a Miss Brasil 2016 não seja eleita Miss Universo, como já foram eleitas outras neste período de tempo”, questiona Kayra, Miss Esperantina.

Após participar do Miss Piauí 2016, Kayra Nascimento se indignou ao tormar conhecimento de um áudio no qual é chamada de ‘negrinha’ por duas vezes, segundo ela, pelo organizador do evento. A modelo busca reparação por danos morais.

“Vivi uma experiência única, mas que me abalou. O perfil no mundo da moda e dos concursos de miss tem mudado. Minha indignação é porque fui excluída não por ser a Kayra, mas por ser negra. Se não fosse eu, seria outra menina, mas que serviu como aprendizado para todas”, reitera a Miss Esperantina.

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Kayra Nascimento denuncia que sofreu racismo em concurso Miss Piauí (Foto: Reprodução/Facebook)
Kayra Nascimento denuncia que sofreu racismo em concurso Miss Piauí (Foto: Reprodução/Facebook)

Kayra Nascimento acredita ainda nas transformações dos padrões nos concursos a nível estadual que, segundo ela, vem elegendo mulheres seguindo o mesmo padrão da mulheres brancas, olhos claros.

“Após o que aconteceu comigo, chegaram muitas meninas negras que diziam não participar por medo. Nós devemos estar prontas para levantar a bandeira da beleza negra. Não tem porque ter medo”, falou.

Em investigação
O caso veio à tona, após o vazamento de um suposto áudio em que aparece a voz do organizador geral do Miss Piauí, Nelito Marques. Na mídia, ele se refere à Kayra Nascimento, utilizando o termo “negrinha”, além de citar vantagens a outras candidatas.

A advogada da modelo ingressou com representação junto ao Ministério Público e à Polícia Civil para que seja investigada a lisura do concurso. Procurado pelo G1, Nelito Marques, organizador do certame, negou que seja ele falando no áudio e disse que registrou boletim de ocorrência para que seja apurado quem tentou se passar por ele. A modelo busca reparação pelo dano moral sofrido.

G1

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