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MUNICÍPIOS

Castelo do Piauí ignora estupro coletivo e vai promover o ‘Cachaça Fest’

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Mesmo abalada após o estupro coletivo de quatro meninas, na cidade de Castelo do Piauí, ocorrido há 15 dias, a população do município decidiu pela realização do evento cultural Cachaça Fest, que acontece há mais de dez anos. A decisão foi tomada após reunião, na quinta-feira (11) entre vereadores, representantes da comunidade e a prefeitura.

“A população mesmo ainda abalada e de luto, decidiu pela continuidade do Cachaça Fest, pois a cidade não deve parar. Já que essa ação criminosa e bárbara foi algo isolado no nosso município, que é uma cidade muito tranquila e nunca registrou nenhuma ocorrência grave nesses dez anos de Cachaça Fest”, lembra o prefeito de Castelo do Piauí, Zé Maia.

Prefeito de Castelo do Piauí, José Maia, afirma que já pediu prorrogação do decreto de emergência (Foto: Patrícia Andrade/G1)

De acordo com o prefeito, ainda que muitos da cidade estejam assustados com o crime, que resultou na morte da menina Danielly Rodrigues, de 17 anos, a economia do município ficaria prejudicada com o cancelamento do evento.

“Vivemos uma época de crise e cancelar e qualquer dinheiro que deixa de entrar prejudica a economia do município. Por isso é melhor que o Cachaça Fest aconteça”, lembra.

O Cachaça Fest está marcado para acontecer no último final de semana do mês de julho. As atrações ainda não foram definidas.

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Entenda o caso
Um crime chocou a população da cidade de Castelo do Piauí, a 190 Km de Teresina. Quatro adolescentes foram brutalmente agredidas, estupradas e depois amarradas no dia 27 de maio.

De acordo com as polícias civil e militar, as garotas teriam saído para tirar fotos em um ponto turístico distante alguns quilômetros da zona urbana de Castelo do Piauí, quando foram rendidas por cinco pessoas.

Quatro adolescentes suspeitos de participação no crime foram apreendidos horas após a barbárie. O quinto suspeito, Adão José de Sousa, 40 anos, foi preso dois dias depois pela Polícia Militar quando tentava entrar na cidade de Campo Maior, a 90 km de Teresina.

Atualmente os quatro menores estão recolhidos no Centro de Internação Provisória de Teresina (CEIP). Eles responderão pelos atos infracionais equivalentes aos crimes de tentativa de feminicídio, associação criminosa e, caso comprovada, pela prática de estupro.

 

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Fonte: G1

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