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MUNICÍPIOS

Irmã de Emídio Reis afirma que vice-prefeito governa São Julião mesmo preso

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O Jornal da Record exibiu na segunda-feira (18) uma reportagem sobre a história do assassinado do ex-vereador Emídio Reis, da cidade de São Julião, no interior do Piauí. Em um material com mais de 10 minutos de duração, o repórter Luiz Carlos Azenha, a irmã de Emídio denuncia que o acusado de mandar matar o ex-vereador, mesmo preso em um quartel em Picos, é quem manda no município como parte de um acordo feito com o prefeito José Neci e que foi denunciado por Emídio e possivelmente tenha sido a causa do seu assassinato.

Segundo a reportagem, gravada em São Julião, Picos, Teresina e em Pio IX, no local onde o corpo do ex-parlamentar foi encontrado, Emídio havia rompido um acordo na região e resolveu se candidatar à prefeitura contra os antigos aliados. Ele acabou morto há pouco mais de 2 anos e agora, a família do ex-vereador, diz que a cidade esteja sendo governada por pessoas ligadas a Francimar Pereira, vice-prefeito da cidade e que foi preso acusado de ser o mandante no crime.

Durante a gravação da reportagem, Claudia Reis, irmã de Emídio, voltou pela primeira vez ao local onde o corpo do político foi encontrado, em uma zona deserta, enterrado em cova rasa. Antes de chegar ao local onde seria morto com dois tiros, ele foi espancado com um soco inglês e teve uma costela fraturada. Ainda em seus últimos suspiros, Emídio conseguiu colocar uma mão para fora da cova. Sufocou-se com a areia, morreu e a mão exposta acabou atraindo urubus. Um vaqueiro foi procurar o que motivava a revoada das aves e descobriu o corpo, já em estado de decomposição.

Vice-prefeito, Francimar Pereira

Vice-prefeito, Francimar Pereira

Ao repórter Claudia Reis conta que a história mais comentada na cidade é de que Francimar governa a prefeitura através dos parentes, que estão lotados na gestão pública. Ela diz ainda, que até mesmo reuniões são realizadas no quartel da polícia militar onde Francimar encontra-se recluso. “Todo mundo diz que ele faz reunião de secretário lá mesmo onde ele está”, denuncia, e completa dizendo que ” duas irmãs do acusado e um cunhado são secretários da Prefeitura de São Julião.

Conforme a reportagem, “é comum o revezamento de poder entre o prefeito e vice em pequenas cidades. Eles dividem os mandatos. À época da eleição, Emídio rompeu o acordo de chapa única e disputou com os antigos aliados. Perdeu por uma diferença de 300 votos e juntou provas que poderiam gerar a cassação do Zé Neci, prefeito de São Julião, e seu vice Francimar”, diz a reportagem.

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“Eles não tinham necessidade de fazer isso com meu irmão, poderiam buscar na justiça”, diz a irmã do ex-vereador. A reportagem conversou ainda com o prefeito Zé Neci, que confirma a ausência da cidade por até uma semana. Para o jornalista ele diz que o crime é usado politicamente, e que após a morte de Emídio vem sendo massacrado, já que a notícia sempre volta à mídia. Sobre o tempo em que o político passa fora da cidade, ele diz que não acha muito.

A defesa do vice-prefeito também foi ouvido por Azenha e garante que o seu cliente é inocente. A defesa disse que a única prova é o depoimento de um dos acusado que diz ter recebido os cheques do pagamento pelo crime, mas que esta prova já foi derrubada.

 

Fonte: Diário do Povo

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