Connect with us

Jaicós

Em Jaicós, agricultura familiar sobrevive graças a barragens subterrâneas

Publicado

em

O agricultor José Teixeira Gomes, 62, morador de Jaicós (a 379 km de Teresina), ganhou há cerca de um ano um aliado na batalha para conseguir água para a agricultura. Uma barragem feita embaixo do solo ajuda a reter a água da chuva, possibilitando o cultivo.

Barragem é uma construção feita em rios para juntar água, acima do nível do chão. A de seu Gomes, no entanto, fica embaixo da terra e tem um propósito diferente.

Chamada de ‘barragem subterrânea’, ela consiste numa barreira de lona plástica colocada sob o solo em uma área baixa, que acumula água no período de chuva. A ideia é impedir que essa água escorra, com isso, ela consegue encharcar o terreno.

Essa tecnologia também inclui uma espécie de muro baixo de cimento, ao lado da barreira, por onde o excesso de água escoa, evitando assim que a área fique inundada.

“A barragem subterrânea é feita não para acúmulo de água, e sim para que a água [da chuva] possa bater no sangradouro e infiltrar. É como se fosse um lençol freático”, explica Antônio Walisson de Souza, da Cáritas Piauí, entidade que ajuda os agricultores na construção dessas barragens.

Publicidade

Com a terra molhada, seu Gomes pode cultivar frutas e verduras. “Toda vida eu plantei meus pedaços de roça só na época do inverno [quando chove]. Na época do verão, não plantava nada por falta de água”, lembra.

Quando o período chuvoso termina, ele consegue irrigar as plantas com a água que acumula em um poço erguido perto das barreiras, previsto no projeto da barragem. A água entra no tanque por meio de pequenas fendas.

O custo da “barragem subterrânea” é de cerca de R$ 5.000 e demora quatro dias para ser construída. Existem cerca de 2.240 unidades no semiárido nordestino, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

As cisternas são um tipo de reservatório coberto feito de placas de cimento ou de plástico é ligado à calha do telhado da casa por meio de tubos e é usado para captar água da chuva. Nos últimos 12 anos, foram instaladas mais de 1,1 milhão de cisternas no semiárido brasileiro, segundo o MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome). Foto: Beto Macário/UOL

Agora só carregamos água da cisterna para casa, comemora agricultor

Publicidade

A chuva bate no telhado da casa, escorre em direção à calha até chegar a uma cisterna. É assim que milhares de famílias do semiárido brasileiro conseguem água para beber, cozinhar, tomar banho. Essa tecnologia simples de captação de água da chuva é a grande aliada delas em meio à seca.

A cisterna é um reservatório coberto feito de placas de cimento ou de plástico, ligado à calha do telhado da casa por meio de tubos. São vistas ao lado ou na frente de quase toda residência na zona rural das cidades nordestinas.

Nos últimos 12 anos, foram instalados mais de 1,1 milhão desses recipientes na região do semiárido, que engloba Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, além do norte de Minas Gerais, segundo o MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome). A meta inicial do governo era distribuir essa quantidade de cisternas até 2008, mas ela só foi alcançada este ano.

Essas cisternas têm capacidade para acumular 16 mil litros de água, suficiente para atender à necessidade básica de uma família de cinco pessoas durante oito meses, de acordo com o ministério.

 

Publicidade

Fonte: Com informaçoes Uol

Publicidade

Facebook

MAIS ACESSADAS