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Marcolândia

Em Marcolândia, manifestantes liberam rodovia e ameaçam novo bloqueio para amanhã (22)

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Aproximadamente quatrocentos manifestantes atearam fogo em pneus e interditaram a BR-316, na cidade de Marcolândia, na manhã desta quarta- feira (21). A manifestação iniciou por volta das 8h e encerrou às 11h.

O motivo da paralisação, que durou cerca de três horas, foi a decisão do Ministério do Trabalho de exigir que os proprietários das fábricas de farinha regularizem a contratação dos funcionários, o que gerou revolta por parte dos trabalhadores e donos de fábricas. Cerca de sessenta fábricas trabalham no beneficiamento da mandioca.

Proprietário de fábrica, José Emiliano da Silva, o Biano, afirma que as fábricas empregam em torno de 700 pessoas, entre mulheres e homens, gerando renda de duzentos reais a um mil reais e, com a imposição do Ministério do Trabalho e Emprego acarretaria suspensão da renda, visto que o período de produção de farinha é temporário.

“O Ministério chegou exigindo a assinatura de carteira do pessoal e não tem condições, porque o período de farinhada é temporário. O trabalho é variável. Tem semana que trabalham, outra não. Há dias que estão em uma fábrica e há dias que estão em outra. No caso da farinha, tem semana que conseguimos vender e também passam-se três semanas sem vender nada. Por isso não tem condições”, relatou.

Emiliano disse, ainda, que só com documentação burocrática exigida pelo MT teve que desembolsar cerca de R$ 14 mil. “Fizeram vários pedidos. Mandei toda papelada para atender às normas, e quando pensei que tava bom, daí chega as notificações exigindo assinatura de carteira de cada funcionário”, comentou.

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Um dos fatores colocados em questão está relacionado à remuneração, que de acordo com Biano, a assinatura da carteira acarretará reajuste e diminuição de renda. “Há funcionários que chegam a ter renda de até um mil e duzentos reais como freelancer e, no caso de assinatura da carteira, a renda é reajustada para menos, em torno de novecentos reais, além das despesas com impostos para o governo, que podem chegar até dois mil e duzentos reais. Essa medida não tem condição ser atendida apenas com a produção de farinha”, relatou o empresário.

Devido ao problema, foi marcada uma reunião na cidade de Araripina-PE, às 18h desta quarta-feira (21) para discutir a situação. “Haverá essa reunião hoje, e se por acaso não se resolver, novamente faremos greve bloqueando a rodovia, e dessa vez é com a população inteira, onde será bloqueada em quatro ou cinco trechos. Vamos parar o trânsito e enquanto não resolver o problema, ninguém vai sair da pista. Já está todo mundo decidido. […] Eu sei que tem as exigências, mas a gente não pode atender tudo. São 800 trabalhadores, e, se fecharem as fábricas, Marcolândia afunda e o povo vai passar fome”, lamentou Emiliano.

A produção de farinha varia em torno de três meses. Após esse período as linhas de produção ficam paradas.

Matéria Relacionada: – Trabalhadores colocam fogo em pneus e interditam a BR 316 em Marcolândia; veja vídeos


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