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Condenado pela morte de Emídio Reis quer novo julgamento

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Condenado a 39 anos de prisão em regime fechado e mais 20 dias de multa pela morte do ex-vereador de São Julião, Emídio Reis, ocorrida em 2013, José Gildásio de Brito apelou ao Tribunal de Justiça pedindo a anulação do julgamento ou o redimensionamento das penas-base aplicadas ao delito de homicídio, sequestro e ocultação de cadáver “ante a injustiça da dosimetria”. De acordo com a apelação a decisão dos jurados foi contrária a prova dos autos.

A apelação foi autuada no Tribunal de Justiça em 02 de junho e distribuída a 1ª Câmara Especializada Criminal. O desembargador Pedro de Alcântara Macedo foi o relator sorteado.

Relembre o caso

Os primeiros rumores de que a vida do ex-vereador estava ameaçada datam desse mesmo período. “Durante a investigação, várias testemunhas relataram, em sigilo, que Emídio estava sendo ameaçado”, afirmou o delegado Luccy Keiko Leal Paraíba, que presidiu o inquérito que investigou a morte do ex-vereador.

O delegado informou ainda que a morte do político foi decidida na propriedade Canas, zona rural de São Julião. O prefeito Zé Neci estaria presente, mas não participou ou testemunhou a negociação.

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O vice-prefeito utilizou Joaquim Pereira Neto para intermediar o plano junto ao pistoleiro Antônio Sebastião de Sá, o Antônio Virgílio. Outros dois homens foram convocados para participar do crime: José Gildásio da Silva Brito e Válter Ricardo da Silva. Cada um deles receberia R$ 5 mil, totalizando R$ 15 mil.

O bando seguiu os passos de Emídio para conhecer sua rotina. Tramaram, inclusive, um encontro casual com a vítima em um restaurante na cidade de Picos.

Em 31 de janeiro, dia do crime, os criminosos acompanharam o carro do ex-vereador ao longo da BR-316. Emídio viajava de Picos para São Julião. Em certo ponto, Valter desembarca e pede a carona à vítima. Eles já se conheciam, por isso Reis não desconfiou de nada.

Os dois seguiram juntos até a estrada que dá acesso ao município de Alagoinhas, quando Válter pediu para descer. Naquele ponto, os outros membros do bando surpreenderam Emídio Reis. Rendida, a vítima foi levada em seu próprio carro até o local da execução, distante 120 km do local do sequestro.

Na propriedade rural Lajedo Preto, um local ermo, Emídio foi obrigado a descer do veículo. Em depoimento à Greco, Válter contou que “o primeiro tiro foi logo para executar”. O delegado Menandro Pedro revelou que Antônio Virgílio disparou a uma distância de pouco mais de 30 centímetros da nuca do ex-vereador. O segundo disparo, afirma o policial, foi efetuado sem que os executores soubessem ao certo onde Emídio havia sido atingido, já que o local estava muito escuro. A bala perfurou a perna da vítima.

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Os executores carregaram o corpo de Emídio por dez metros e cavaram a cova com as mãos e com o auxílio de um pedaço de madeira. “Por isso a cova ter ficado rasa”, disse o delegado Luccy Keiko Leal Paraíba.

Apesar de ter sido alvejado por dois tiros, Emídio Reis não morreu pelos ferimentos à bala. “Segundo o laudo cadavérico, a causa da morte da vítima foi asfixia, por ingestão de areia. Foi encontrada areia na traqueia da vítima. Ele, então, foi enterrado vivo”, afirmou o delegado Luccy Keiko Leal Paraíba.

O vice-prefeito de São Julião José Francimar, Joaquim Pereira Neto, Antônio Sebastião de Sá, José Gildásio da Silva Brito e Valter Ricardo da Silva foram indiciados pela morte do ex-vereador Emídio Reis e respondem por homicídio qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.

Fonte: GP1

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