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Vila Nova do Piauí

Cine + Cultura Flor do Sertão, em Vila Nova, exibe filme sobre Esperança Garcia na 12ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos

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Em mais uma etapa da 12ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos em Vila Nova do Piauí realizada pelo Cine Mais Cultura Flor do Sertão, na noite desta sexta-feira (06), data em que comemorou-se o Dia Estadual da Consciência Negra, com a exibição filme “Esperança”. O curta-metragem de aproximadamente 16 minutos de duração retratou a vida de Esperança Garcia que lutou em defesa dos direitos quando viveu no século XVIII sob a dura repressão do período escravagista.

O filme formado pelas atrizes Brena Maria e Joane Vitória foi dirigido por Carmen Kemoly, da cidade de Timon no Estado do Maranhão.

Após a exibição do filme ocorreu um debate que tratou sobre a temática central, Direitos Humanos. O debate foi mediado pela advogada Núbia Rocha que parabenizou todos pela iniciativa.

“É um evento de grande importância porque agrega valor cultural, emocional e educacional para cada criança e cidadão vila-novense. Nossa cara é a cara da cultura, leitura e poesia. Somos referências de grandes poetas, leitores, artistas e gestões que sempre se preocuparam em investir na educação e cultura para que tenhamos uma sociedade mais justa e igualitária. Todos estão de parabéns. É um evento grandioso e para isso precisamos valorizar uma obra espetacular que é o trabalho de investimento e esforços envolvidos. Parabenizo todos os profissionais que trabalham na Cultura e Educação de Vila Nova, assim como parabenizo a gestão do prefeito Edilson Brito”, parabenizou Núbia.

A professora da Escola Estadual Luíz Ubiracy Carvalho, Marli Veloso, fez sua avaliação do filme e declarou o verdadeiro sentimento em ter assistido o filme juntos aos mais de 200 participantes.

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“A Carmem Kemoly, diretora do filme, conseguiu transpor para a tela o contexto no qual a carta de Esperança Garcia foi produzida estabelecendo um diálogo com a conjuntura atual. Ao utilizar a narrativa autobiográfica das pessoas escravizadas, das quais são exemplos, a “Carta” de Esperança Garcia e o livro Doze anos de Escravidão, de Salomon Northrup, começamos a recontar a história a partir de vozes que foram historicamente silenciadas. A relação dialética que história, literatura, arte e cultura estabelecem entre si e o diálogo estabelecido após a exibição do curta contribuiu para que o nosso trabalho exercesse a função humanizadora”, afirmou.

“Assistir o filme foi uma experiência arrebatadora. O trabalho da Carmem Kemoly é poesia em estado bruto. A fotografia é linda, as músicas nos fazem tremer. As atrizes têm uma força que nos atinge e nos fortalece para que possamos seguir lutando. Fico muito feliz que o Cine Mais Cultura “Flor do Sertão” no decorrer da 12ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos tenha proporcionado essa experiência a mais de 200 pessoas e aproveito o ensejo para agradecer à Carmem Kemoly pela gentileza de nos conceder o direito exibição pública na abertura do aniversário de 18 anos da Biblioteca Patativa do Assaré e no Dia Estadual da Consciência Negra”, declarou Marli Veloso.

Professora e historiadora, Maria Cândida, esteve presente apreciando o filme e falou sobre a temática.

“A exibição do filme é uma forma de garantir o acesso às fontes de cultura e conhecimento, principalmente sobre Esperança Garcia que a historiografia ainda tem poucos registros. O filme dá voz ao feminismo negro, é uma mulher protagonista e, para nós piauienses que no dia 06 de setembro, Dia Estadual da Consciência Negra, alusivo a Esperança Garcia. Ter um evento dessa natureza é um presente histórico. porque fortalece o sentimento de pertencimento histórico e a importância de ver a luta de Esperança Garcia que é um eco para o presente”, comentou professora Cândida.

Com apenas 19 anos de idade, Esperança Garcia, mulher negra e escravizada, escreveu uma carta para o governador da Capitania de São José do Piauí, Gonçalo Lourenço Botelho de Castro. Na carta enviada em 06 de setembro de 1770 descrevia os maus-tratos sofridos por ela e pelas demais vítimas do regime escravocrata em uma fazenda localizada há 300 km da atual capital Teresina.

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Após 247 anos, da carta escrita na época, foi considerada pelos juristas como uma petição, dando a ela o título de primeira advogada mulher do Piauí. O título foi concedido pelo Conselho Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil, no Piauí, a pedido da Comissão da Verdade da Escravidão Negra da OAB-PI.

Na ocasião de exibição do filme que integra também a programação do aniversário de 18 anos da Biblioteca Municipal Patativa o Assaré foi exibido o documentário A Espera. A estudante da Escola Sabino Gomes de Lima, aluna Sara, integrante do NUCA apresentou um trabalho sobre Esperança Garcia.

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