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Vila Nova do Piauí

Desfile de Beleza Negra é realizado durante aniversário da Biblioteca Patativa do Assaré em Vila Nova

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A Biblioteca Patativa iniciou suas comemorações alusivas ao mês de aniversário. Durante todo dia 06 de setembro, repleto de cultura na “Cidade Poesia”, várias atrações ocorreram ao longo do dia. Durante tarde e parte da noite Vila Nova do Piauí provou mais uma vez que é sinônimo de Cultura em seu âmago, literalmente. A programação inciou ainda com a culminância do 1º Encontro Intermunicipal de Danças Populares ALEVILA onde foram desenvolvidas oficinas sobre o tema afro e muitas outras danças.

À noite, após exibições filmográficas como a do filme “Esperança” que retratou em tela sobre a primeira advogada do Piauí, Esperança Garcia, e, o documentário “A Espera”,  os diversos jovens e profissionais da Educação e Cultura Municipal prestigiaram o Desfile de Beleza Negra 2019. Jovens desfilaram representando personagens que marcaram a luta em prol dos Direitos Humanos.

As comemorações do aniversário de 18 anos da Biblioteca Patativa do Assaré prosseguem durante todo mês de setembro e conta com apoio da Prefeitura Municipal por meio da Secretaria de Cultura do município em parceria com a Sociedade Amigos da Biblioteca.


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O Desfile

A jovem Sarah Suelly representou Esperança Garcia. No desfile, Vitória Pereira interpretou Sojourner Truth. A vereadora do Rio de Janeiro, Mariele Franco foi homenageada por Maria Francisca. Ao todo foram dez representações sob a produção de Anajara e Marciana Brito.

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Francisca Juscyelly interpretou Maria da Conceição. A jovem Maria Laura incorporou uma das rainhas do Congo Aqualtune. Simone Brito apresentou-se na figura da esposa de Zumbi, Dandara dos Palmares. Carla Cristina elencou a saudosa Francisca Trindade.  Ludequezia Leal interpretou a escritora maranhense antiescravista autora de Úrsula (1859), Maria Firmino dos Reis. Fabrícia Sousa fez uma das articuladoras de revoltas e levantes de escravos que sacudiram a então Província da Bahia nas primeiras décadas do século XIX, Luiza Mahin. Maria Eloíza concluiu com autora brasileira, considerada uma das primeiras escritoras negras do país, Carolina Maria de Jesus. Francisca Juscyelly se presentou como a escritora noventista, Maria da Conceição Evaristo. Simara Higinia representou Antonieta de Barros.

Para a professora Maia Cândida o desfile é uma reforma de representação da luta que muitas mulheres travaram por justiça e equidade.

“O desfile denota o protagonismo de mulheres que lutaram por justiça e equidade assim como forma de divulgar, valorizar e difundir a memória dos afrodescendentes para fortalecer o sentimento de pertencimento os quais foram rememorados o legado de grandes guerreiras”, pontuou Cândida.

Professora da Escola Luiz Ubiracy de Carvalho, Marli Veloso, falou sobe objetivos do desfile.

“O desfile da beleza negra tem vários objetivos: encorajar as meninas a desfilar; envolver as famílias e a comunidade; elevar a autoestima das meninas negras; conhecer e discutir sobre estética negra e sobre o assumir da negritude, além de educar o olhar de todas as pessoas envolvidas para que o padrão eurocêntrico de beleza não seja único. O desfile não foi competitivo porque como é que se escolhe a mais bela entre tantas belezas distintas? O desfile se propôs a valorizar a beleza negra e não a acirrar as disputas entre mulheres tão comumente incentivadas pela sociedade machista. As meninas pesquisaram e incorporaram mulheres negras que são pilares da nossa luta por direitos humanos e a leitura, a pesquisa e o debate são essenciais para que possamos nos conectar com nossa ancestralidade e reconhecer o nosso lugar de fala”, explicou Marli.

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O Desfile de Beleza Negra fechou o primeiro dia das comemorações de aniversário de 18 anos da Biblioteca Patativa do Assaré em Vila Nova do Piauí.

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