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POLÍCIA

Detento é encontrado morto em penitenciária do Piauí; 4º caso este ano

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Um detento da Penitenciária Mista de Parnaíba, no litoral do Piauí, foi encontrado morto na tarde desta terça-feira (14), na ala 06 da unidade prisional. Segundo informações do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), o homem de 20 anos idade, cumpria pena por homicídio, e teria sido espancado até a morte, após uma briga com outros detentos. Esta é a quarta morte de detentos de unidades prisionais do Piauí, somente este ano.

“Ele foi encontrado com hematomas e muito machucado. A suspeita é de que ele tenha sido espancado até a morte por outros detentos, mas só o laudo da perícia para confirmar as causas”, informou Kleiton Holanda, vice-presidente do sindicato.

O agente informou ao G1 que a superlotação do presídio de Parnaíba, bem como dos demais do estado, são a principal causa da morte. Para ele, a grande quantidade de presos, em um ambiente sem estrutura adequada, faz com que os ânimos se exaltem, gerando as brigas.

“Foram feitos investimentos tanto na penitenciária de Parnaíba quanto em outra do estado, mas não se vê muitas melhorias. A superlotação ainda é o maior problema enfrentado e, somado às más condições estruturais, faz com que os ânimos fiquem exaltados, ocasionando as recorrentes brigas entre detentos e consequentemente as mortes”, disse.

De acordo com o agente, durante o período chuvoso, a situação das unidades prisionais se torna ainda mais caótica. Segundo ele, as alas de algumas penitenciárias viram verdadeiros rios.

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“É um verdadeiro aguaceiro. Basta cair a chuva mais fraca para os problemas aparecerem. Não sabemos onde os investimentos estão sendo aplicados, já que não visualizamos melhorias”, falou.

Kleiton denunciou ainda que desde novembro do 2016, os agentes penitenciários responsáveis pelo traslado de detentos para as audiências de custódia, não recebem as diárias para custeio de combustível e alimentação, e precisam tirar do próprio bolso. Segundo ele, se a situação não for regularizada, os agentes responsáveis irão parar e consequentemente, as audiências.

“Vai piorar a questão da superlotação, pois sem as audiências a situação dos presos não pode ser julgada e aqueles que já deveriam estar em liberdade, irão continuar presos. Em consequência, os casos de morte, infelizmente, poderão continuar a acontecer”, disse.

G1

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