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POLÍCIA

Ex-prefeito que matou primeira-dama é mantido preso em distrito com regalias

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O ex-prefeito de Lagoa do Sítio, no Piauí, José de Arimateas Rabelo, o “Zé Simão”, acusado de matar, juntamente com a suposta amante, Noemia Maria da Silva Barros, a própria esposa Gercineide Monteiro (crime de repercussão nacional) é mantido com regalias, em prisão especial indevida, na 13° DP, em Teresina. “Delegacia de Polícia não é cadeia pública”, denuncia o promotor de Justiça Regis de Moraes Marinho, que flagrou o ex-gestor durante inspeção à delegacia.

Ex-prefeito e a primeira-dama

O promotor de Justiça Regis Monteiro surpreendeu-se ao ver Zé Simão, recolhido à delegacia, durante inspeção, na tarde desta segunda-feira (29/02), ao distrito policial. Por não ser mais prefeito (ter sido cassado), “Zé Simão” não tem mais foro por prerrogativas de função. “Me causou surpresa, encontrar o preso na delegacia. Não pode mais existir preso provisório em delegacia, sim em cadeia pública. No caso do Zé Simão, ele não pode mais ter foro por prerrogativa de função, não é mais prefeito. O lugar dele é na Casa de Custódia, como preso comum”, disse o representante do Ministério Público, em entrevista exclusiva ao Portal AZ.

O secretário de Segurança do Estado, Fábio Abreu, disse, também ao Portal AZ, que “não sabia que o preso Zé Simão havia perdido o mandato de prefeito, já que é assim, vou mandá-lo para a prisão comum”.

Ao constatar a falha, o promotor Regis Monteiro, imediatamente, registrou o caso no relatório de inspeção e oficiou ao juiz da Comarca de Valença, onde o preso responde o processo por assassinato da esposa. O ex prefeito deverá ser recolhido a Casa de Custódia.

O preso estaria em regalias por decisão do juiz, da própria Comarca de Valença, que ordenou a manutenção de “Zé Simão” na Delegacia da Polícia Civil. A decisão teria sido dada quando “Zé Simão” ainda não havia sido cassado. Como em Lagoa do Sítio não tem Comarca, o processo acaba por tramitar em Valença.

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O ASSASSINATO DA PRIMEIRA-DAMA

José de Arimateas Rabelo, o “Zé Simão”, teria planejado e matado a própria esposa Gercineide Monteiro para ficar com a amante, sua empregada doméstica Noemia Barros (foto abaixo), que segundo as investigações policiais, teria participação direta no planejamento e assassinato da primeira- dama.

O crime foi na madrugada do dia 10 de fevereiro de 2015. Gercineide foi morta com um tiro de revólver no ouvido, deitada, na cama em que dormia. Na casa morava o então prefeito, a esposa, dois filhos e a empregada. A arma do crime foi apreendida, foi um revóilver, calibre 38, de “Zé Simão”. O casal estava junto há 12 anos e a empregada há 2 anos, teria um relacionamento amoroso com Simão.

A primeira-dama Gercineide Monteiro, foi encontrada morta em sua própria cama e, segundo o prefeito Zé Simão, nas suas primeiras declarações para a polícia, a morte teria acontecido por volta das 5h40 da manhã devido à ataque fulminante do coração. No momento da morte, o prefeito disse que estava na roça.

No entanto, a hipótese foi descartada pela polícia que foi até o local e, sobre outras suspeitas, apontou que a morte havia acontecido por volta de 1h e devido à um tiro de revólver calibre 38. A ausência de qualquer arma que indicasse suicídio da primeira-dama aumentou as suspeitas da polícia.

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Depois, a própria empregada contou detalhes a polícia e disse até o local em que “Zé Simão” havia escondido a arma. O revólver foi encontrado e periciado.

O ex-prefeito nega as acusações. Mesmo assim, depois de cassado, ele foi expulso do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele e a empregada aguardam julgamento.

 

Portal AZ

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