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POLÍCIA

Filha suspeita de participar da morte do pai diz que era abusada por ele

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A polícia localizou na manhã desta terça-feira (4) a filha de João Batista da Silva, 41 anos, que foi assassinado e enterrado amarrado na cidade de Luís Correia, Litoral do Piauí.  Segundo o delegado Marcelo Sousa, a jovem, que tem 20 anos, é suspeita de participar do crime e chegou a confessar para a polícia que era abusada pelo pai há pelo menos seis anos. Durante o depoimento, a filha da vítima também afirmou que o assassinato foi praticado pelo irmão e o namorado que ficaram revoltados ao descobrir o estupro.

“Ela decidiu conversar com a polícia, e confessou que seu irmão e seu namorado renderam a vítima na sua própria residência, e depois de amarrá-lo, levaram ele até o local onde o assassinaram. Ela admitiu ainda que os autores do crime estavam revoltados com o fato de ela sofrer abuso do próprio pai”, contou.

João Batista foi morto com requintes de crueldade. O corpo da vítima foi encontrado enterrado e com as mãos amarradas por volta das 13h desta segunda-feira (3). Os peritos também identificaram um corte profundo no pescoço de João Batista.

Segundo o delegado, outros desdobramentos ainda mais dramáticos podem somar-se ao caso. Conforme relatou a jovem, a criança que ela tem pode ser filha e neta de João, fruto de um estupro do qual ela foi vítima há quatro anos.

“A moça nos contou que era abusada pelo pai, e que o filho que ela possui teria sido concebido após ser estuprada por João Batista, ou seja, a criança é filho e neto do falecido. Nem o seu irmão e nem o seu namorado aceitavam essa condição e por vingança resolveram acabar com a vida dele”, relatou.

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Detalhes do depoimento da jovem dão conta que o sentimento de revolta por parte do irmão e do namorado era muito forte. Conforme o delegado, a moça relatou que o irmão teria perguntado ao pai antes de matá-lo quantas vezes teria estuprado a própria filha, e seu namorado, ao retornar para casa teria dito o seguinte: “amor, fiz uma besteira. Matei o seu pai para que a gente possa ser feliz”.

Para o delegado Marcelo Sousa, o crime já está elucidado e a polícia deve continuar as diligências para tentar localizar os autores do crime.

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Fonte: G1

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