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POLÍCIA

Investigadores da Polícia Civil planejam paralisação geral no Piauí

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Cerca de 100 investigadores da Polícia Civil do Piauí estiveram reunidos na manhã de hoje (12/08) na Academia de Polícia (Acadepol), onde trataram sobre ações e planejaram métricas para buscar mecanismos visando a diminuição do número de roubos em Teresina.

Formalmente, essa seria a pauta apresentada pelo Delegado Geral Riedel Batista, mas os investigadores, em conversa informal com a reportagem do O Olho, destacaram que irão apresentar um série de insatisfações ao delegado e caso não sejam atendidas as demandas, os mesmos irão realizar uma paralisação geral em todas as investigações que seguem em curso atualmente.

De acordo com um chefe de investigação de um Distrito Policial da zona Sul, há cinco meses os civis não recebem gratificações. “Não podemos parar totalmente, mas pelo menos todas as chefias de investigação serão entregues. Estamos à cinco meses sem receber as gratificações, foram todas cortadas. Vamos ainda nos reunir e marcar uma data para pararmos”, destacou ele, que não quis se identificar.

O Delegado Geral Riedel Batista ainda irá se reunir com os representantes do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí (Sinpolpi) para discutirem as reivindicações da categoria. Caso haja a paralisação, todos os casos, inclusive os de homicídios, deixarão de ser investigados até que as demandas dos civis sejam acatadas.

COMBATE AOS ROUBOS
A reunião, de acordo com Riedel Batista, foi realizada no sentido de detalhar a atual situação da criminalidade na capital, a partir de um levantamento feito nos distritos policiais. Segundo ele, a Polícia Civil realiza reuniões semanais onde se apresentam os dados e em seguida traçam-se metas.

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Dados foram apresentados na Academia de Polícia (Foto: Manoel José/O Olho)

Os números revelados pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-PI) mostram que houve uma queda no número de roubo de veículos em 2015, se comparado com os números registrados em 2014.

Em junho de 2014 foram 195 roubos contra 164 em 2015, o que representa uma queda de 15,90%. Já no comparativo do mês de julho, os dados também revelam uma diminuição de ocorrências. Foram 178 veículos roubados em 2014, contra 158 em 2015, o que representa uma queda de 11,24%.

Outra tabela divulgada pela SSP-PI mostra uma queda considerável desses números nos primeiros sete meses do ano. A tabela considera apenas as ocorrências de roubo, exceto roubo de veículo e latrocínio. Em janeiro foram registrados 1820. Em fevereiro foram 1329. Março 1333; abril 1354; maio 1440; junho 1132 e em julho foram 1445. Nesse quesito o número de ocorrências em 2015 houve um aumento. Em 2014 foram 1306 roubos registrados entre janeiro e julho. Já neste ano, foram 1445 ao total, o que representa uma variação de 10,64%. Os dados comparativos entre janeiro e julho de 2014 e de 2015, desconsideram as ocorrências de roubo de veículos e latrocínio.

“Trabalhamos com números oficiais. Roubo a residência, roubo a transeunte, roubo na modalidade sequestro relâmpago, estamos justamente realizando essa reunião para combater essas modalidades de crimes. Vamos fortalecer, dar condições de trabalhos para os investigadores das especializadas. Além disso, vamos dar treinamentos teóricos e prático, melhorar os veículos, armamentos, coletes e munições. Tudo isso está sendo providenciado pela Secretaria de Segurança”, ressaltou.

Delegado Luccy Keiko (Foto: Manoel José/O Olho)

SEQUESTRO RELÂMPAGO É PRIORIDADE
O delegado Luccy Keiko, gerente de Polícia Metropolitana, revelou que a maior preocupação por parte da Polícia Civil está voltada para a prática constante dos chamados ‘sequestros relâmpagos’, que segundo ele é uma modalidade de roubo seguida de extorsão. A intenção da polícia é buscar qualificar os civis para atuarem no sentido de reduzir esse grande número de ocorrências em Teresina e na região metropolitana.

“Os dados não são satisfatórios. Estamos reunindo todas as equipes para buscarmos mecanismos para diminuir esses índices. Vamos ofertar um treinamento agora em setembro e uma gratificação que será incrementada nos contracheques. Vamos cobrar metas para cada equipe, mas sabemos de algumas dificuldades. Contudo, ainda iremos fornecer veículos, computadores e todo o aparato que for necessário nas delegacias”, finalizou.

O Olho

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