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POLÍCIA

Juiz decreta preventiva de acusados de aplicar golpes bancários no Piauí

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O juiz de Direito da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina, Filipe Bacelar Aguiar Carvalho, converteu em preventiva as prisões em flagrante de três pessoas acusadas de associação criminosa e falsificação de documento público, ocasião em que tentavam aplicar golpes bancários com vários cheques falsificados durante uma ação conjunta entre a Polícia Militar e o Greco no último dia 31 de julho deste ano, na Avenida Frei Serafim. A decisão é do último dia 1º de agosto de 2019.

De acordo com o delegado Tales Gomes, o grupo criminoso conseguia os dados dos clientes dos bancos e, com o acesso a papéis de cheques em branco, os suspeitos usavam uma máquina para imprimi-los com todas as informações das vítimas para, logo depois, conseguir sacar o dinheiro nos caixas.

Na decisão, o juiz optou pela manutenção das prisões de Miguel Nunes da Silva, Moacir da Silva e Maria Cristina da Silva Nunes sustentando que “os elementos constantes dos autos demonstram, suficientemente, a necessidade da segregação cautelar dos autuados, uma vez que as circunstâncias dos crimes revelam a periculosidade efetiva, indicando que a prisão preventiva encontra-se devidamente justificada na necessidade de preservar-se a ordem pública e acautelar o meio social”, diz trecho da decisão.

Foto: Helio Alef/GP1Material apreendido pelo GrecoMaterial apreendido pelo Greco

O juiz Filipe Bacelar ressaltou ainda em sua decisão que está demonstrado o alto grau de periculosidade dos três suspeitos, visto que “foi encontrado em poder dos autuados um grande aparato de materiais utilizados como ferramentas necessárias para concretização do delito criminoso, tais como: impressora de cheques; maquina de falsificar assinatura, diversas cédulas de cheque em branco e também CNHs em branco, o que representa uma grande capacidade lesiva à sociedade local. Toda esta estrutura coloca em dúvida também a própria identificação apresentada pelos autuados (duas CNHs) e também a efetiva localização dos endereços deles, os quais informam residir em outros estados”.

Como os criminosos atuavam

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Segundo o coordenador do Greco, Moacir da Silva afirmou que era usada uma história falsa com os funcionários dos bancos, com o objetivo de conseguir os dados bancários, mas essa aquisição dos dados bancários das vítimas ainda será investigada, já que até o momento só se tem o depoimento do suspeito.

“Eles usavam uma determinada história para se aproximarem dos funcionários. Dizendo que tinham apresentado cheques e que precisavam sustar os cheques. Segundo o Moacir, os funcionários então apresentavam alguns cheques e naquele momento uma foto era tirada. Nisso saíam da agência e o Moacir já estava do lado de fora para fazer a impressão, assinatura e saques”, afirmou Tales Gomes.

O delegado destacou como ocorriam os saques. “Eles obtinham cheques verdadeiros e apagavam os dados bancários neles. Eles conseguiam os dados bancários de pessoas de Teresina e preenchiam esses cheques com esses dados. O equipamento apreendido no hotel era usado para escanear e reproduzir nos cheques as assinaturas do correntista. Feito isso, o cheque é preenchido e falsificado de forma sofisticada. Eles iam até a agência bancária do correntista e faziam os saques de quantias de até R$ 10 mil, com a quantidade de até 3 saques por dia, para não chamar atenção”, destacou o delegado Tales Gomes.

Fonte: GP1

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