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POLÍCIA

Justiça decreta prisão de João de Deus após denúncias de abusos sexuais em Abadiânia

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A Justiça de Goiás determinou, nesta sexta-feira (14), a prisão preventiva de João de Deus, suspeito de praticar abusos sexuais durante tratamentos espirituais, em Abadiânia, cidade goiana do Entorno do Distrito Federal. A informação foi confirmada à TV Anhanguera pelo secretário de Segurança Pública de Goiás, Irapuan Costa Júnior.

Um dos advogados que compõem a defesa de João de Deus, Thales Jayme disse que foi informado sobre o mandado de prisão, mas não tinha recebido o documento até as 12h30. Ele declarou também que não conseguiu falar com médium nesta manhã.

“Foi dito hoje, por uma fonte fidedigna, que a prisão havia sido decretada, estava de posse do mandado de prisão e com alguns policiais trabalhando, que eu visse a possibilidade de se apresentar, como seria, uma situação menos dolorosa, estou indo a Anápolis para ver se consigo falar com alguém”, disse o advogado.

Por sua vez, o advogado Hélio Braga, que também integra a defesa do médium, ressaltou que o cliente é inocente. “Nós enquanto defesa, continuamos contestando com veemência todas as acusações. Não acreditávamos na decisão nesse sentido, perante a total falta de provas”, declarou.

Na quarta-feira, o Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) protocolou um pedido de prisão na promotoria de Abadiânia. No entanto, não se sabe se este é o pedido que originou a decisão.

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Última visita à Casa

Na manhã de quarta-feira, João de Deus compareceu à Casa Dom Inácio de Loyola, onde realiza os trabalhos espirituais, pela primeira vez desde que as denúncias vieram à tona. Durante os poucos minutos que ficou no local, ele disse que era inocente e que confiava na Justiça de Deus e dos homens.

“Meus queridos irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. Ainda sou irmão de Deus, mas quero cumprir a lei brasileira porque estou na mão da lei brasileira. João de Deus ainda está vivo. A paz de Deus esteja convosco”, diz João de Deus.

A assessora de imprensa do religioso, Edna Gomes, afirmou, após as declarações, que o médium era inocente, mas que as denúncias eram graves e deveriam ser apuradas.

Denúncias

O MP-GO e Polícia Civil investigam, de forma independente, a suspeita de crimes sexuais desde segunda-feira (10), depois que o programa Conversa com Bial divulgou o relato de 10 mulheres que disseram ter sido abusadas sexualmente pelo médium.

A polícia informou que, até quinta-feira (14), recebeu 14 denúncias formais contra João de Deus, sendo que 13 mulheres já foram ouvidas. Já o MP-GO contabiliza o contato de mais de 300 pessoas.

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Crimes teriam acontecido na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, Goiás — Foto: Murillo Velasco/ G1

Crimes teriam acontecido na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, Goiás — Foto: Murillo Velasco/ G1

Fonte:G1

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