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Picos

Mais de dez homicídios estão sem solução na região de Picos

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Mesmo não estando entre as 300 cidades mais violentas do Brasil, a cidade de Picos é marcada por inúmeros crimes com características de execução e homicídios não solucionados.

Entre maio de 2013 e abril de 2014 foram registrados quatro crimes de execução em Picos, entre as mortes do cantor Edimar Bringeo, de Epaminondas Coutinho, Fernando da Gata e Carlos da Silva Rocha (irmão de Coelho), apenas o caso de Epaminondas Coutinho resultou na prisão dos acusados.

Os dados são mais alarmantes se levado em conta a região de Picos, entre o ano de 2010 e os quatro primeiros meses de 2014, mais de 10 homicídios foram registrados e não solucionados em municípios como Picos, Geminiano, Bocaina e Santo Antônio de Lisboa.

Caso do contador Cláudio Sousa

Entre os casos mais chocantes está o do contador picoense Cláudio Sousa Silva, que foi encontrado morto no seu apartamento no dia 02 de agosto de 2010, com pernas e braços amarrados e sinais de estrangulamento, tendo como pista para investigação as filmagens do sistema de segurança de uma farmácia, que registrou imagens vítima ao lado do possível autor do homicídio. Na época, a investigação estava a cargo do delegado Adolpho Henrique, transferido de Picos. A investigação parou após uma solicitação de quebra de sigilo telefônico da vítima.

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Cledimilton Sousa da Silva, irmão de Cláudio, afirma que a família sofre todos os dias com a falta de justiça. “Os agentes da polícia estavam interessados em resolver o caso, nos procuravam todos os dias em busca de novidades, mas infelizmente a justiça não apoiou a polícia, pois como o celular do meu irmão foi roubado, se a polícia tivesse conseguido a quebra de sigilo teria localizado o celular e poderia chegar até o assassino, mas nós não conseguimos a quebra de sigilo telefônico”, afirma.

Caso Francisca Iones

Outro caso sem solução é o da funcionária pública Francisca Iones, assassinada no dia 30 de janeiro de 2013 com dois tiros, o crime aconteceu dentro do escritório da Associação de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), onde trabalhava no município de Santo Antônio de Lisboa. O assassinato da funcionária pública foi lembrado por Nega Mazé, militante da União das Mulheres Piauienses, durante a sessão solene do Dia Internacional da Mulher na Câmara Municipal de Picos. O processo está em andamento na comarca de Francisco Santos.

Caso Edimar Bringeo

No dia 15 de maio completa 1 ano do assassinato do cantor Edimar Bringeo, que ocorreu dentro de um bar no Bairro Ipueiras, em Picos. O crime chocou a população e até o momento resultou na prisão Tiago Osório, acusado de pilotar a moto usada para dar fuga ao assassino. Edimar Bringeo foi morto com um “tiro a queima roupa” na nuca, enquanto jogava baralho com amigos. O assassinato está sendo investigado pelo delegado Tales Gomes, da GRECO de Teresina. A família e os amigos do seresteiro estão organizando uma manifestação para o dia 15 de maio, com o objetivo de cobrar respostas das autoridades competentes, antes que o caso caia no esquecimento.

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Caso José Gonçalves de Boicaina

A morte do pescador José Gonçalves de Sousa Veloso, 37 anos, é outro caso homicídio não solucionado na região. Seu corpo foi encontrado por um sobrinho dentro de uma canoa na barragem de Bocaina no dia 17 de janeiro deste ano, com uma perfuração no tórax. O crime está sendo investigado pela Polícia Civil de Picos.

Caso Zezinho Cabelereiro de Bocaina

A polícia também investiga em Bocaina o homicídio de José Raimundo da Silva, conhecido como Zezinho Cabelereiro, de 60 anos, cuja morte foi declara no dia 17 de abril deste ano. De acordo com o delegado Eduardo Aquino, responsável pelo caso, o laudo que aponta a causa da morte ainda não foi entregue pelo perito. “Nós ainda não temos o laudo em mãos, estamos esperando a perícia ser feita para que a gente possa identificar a causa da morte e saber se realmente ocorreu assassinato, apesar que os indícios afirmam para isso, o corpo foi encontrado com lesões aparentes e na certidão óbito o médico atestou que realmente houve traumatismo craniano encefálico, politraumatismo e insuficiência respiratória, grandes indícios de que realmente houve lesão corporal”, explica do delegado.

Casos Carlos da Silva Rocha e Coelho

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Em Picos, o delegado regional Madson Oliveira investiga o assassinato de Carlos da Silva Rocha, ocorrido no dia 28 de março deste ano, a vítima era irmão de Coelho, ex-presidiário morto durante um acerto de contas no dia 17 de Maio de 2011 num bar do Bairro São José. O delegado afirma que diversas testemunhas já foram ouvidas e a investigação está “bem amadurecida”. “Nós já temos alguns suspeitos da autoria do crime que ocorreu no dia 28 de março, temos um mês para concluir o inquérito, talvez eu vá solicitar a prorrogação de prazo, pois aqui em Picos temos uma grande demanda que ocasiona retardo nos deslides dos procedimentos investigados na delegacia regional”, disse.

Caso Fernando da Gata

A morte de Francisco Fernando de Moura Silva, ainda não solucionada, ocorreu no dia 17 de janeiro deste ano no Bairro Malvinas, em Picos. Fernando da Gata, como era conhecido, foi executado com vários tiros na cabeça. O crime está sendo investigado pelo delegado Divanilson Sena, de Picos, em parceria com o serviço de inteligência da Polícia Civil de Teresina.

Caso Boa Noite Cinderela

Francisco Acelino das Chagas, de 37 anos, era natural Geminiano-PI e no dia 20 de fevereiro deste ano foi vítima do golpe “Boa Noite Cinderela” na cidade de Picos, na oportunidade foi encontrado desacordado juntamente com um amigo dentro de um carro. Depois de ser socorrido pelo SAMU e transferido para Teresina Francisco Acelino não resistiu e faleceu no dia 25 do mesmo mês, em virtude da alta dosagem de droga consumida através do “Boa noite Cinderela”. O delegado Madson Oliveira está esperando o laudo cadavérico para aprofundar a investigação.

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Caso José Caetano Neto

Em Geminiano também foi registrado um crime de execução contra José Caetano Neto, de 47 anos. A vítima foi alvejada por vários disparos de pistola na porta de sua casa no Assentamento Serra Branca II, caso não solucionado.

O delegado Madson Oliveira entende a insatisfação da população, mas ressalta a deficiência no que diz respeito ao pequeno número de servidores da delegacia regional, que atende Picos e 14 municípios, bem como à ausência de peritos. “Nós temos nos empenhado no sentido de elucidar esses crimes, mesmo com todas as dificuldades no número de servidores, ausência polícia técnica e diante do vultoso número de atendimentos diários, é difícil, mas a polícia não se acovarda”, pontuou.

 

 

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Fonte: Portal O Povo – por Lana Krisna

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