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POLÍCIA

MP registra 200 crimes envolvendo adolescentes em dois meses no Piauí

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É cada vez mais comum a presença de menores envolvidos com a criminalidade. Somente em Teresina, cerca de 200 processos envolvendo crianças e adolescentes foram registrados entre os meses de dezembro de 2015 e janeiro deste ano na Vara da Infância e Juventude. De acordo com o promotor de justiça Maurício Verdejo, responsável pelos casos, o aumento de adolescentes que cometeram atos infracionais está ocorrendo devido à fragilidade das leis.

Promotor Mauricio Verdejo diz que suspeitos podem ficar presos por mais 3 anos  (Foto: Gilcilene Araújo/G1)
Promotor de justiça Mauricio Verdejo
(Foto: Gilcilene Araújo/G1)

“O Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca) nos limita em muitas coisas. Se dependesse do judiciário todos os infratores estariam cumprindo medidas socioeducativas, ou seja, estavam internados. O Eca diz que um crime que não tenha grave ameaça ou violência impede que o adolescente fique apreendido, ou seja, irá responder em liberdade. Em outros casos os infratores cumprem medidas e em pouco tempo são postos em liberdade”, disse.

Ainda de acordo com o promotor de justiça, todos os menores envolvidos com mortes de taxistas foram apreendidos e cumprem medidas socioeducativas. “O que nós temos tentado fazer é cumprir a medida para que esses menores fiquem internados para pagar pelo ato infracional que cometeram”, afirmou Verdejo.

Um dos crimes mais recente foi a morte do taxista José Wilson Teixeira, de 57 anos. Ele mexia no bagageiro do seu carro, no cruzamento das ruas Magalhães Filho com Álvaro Mendes, no Centro da capital, quando um adolescente de 17 anos anunciou o assalto. A vítima tentou correr, mas foi alvejada por tiros e morreu no local. As informações são da Polícia Militar.

Superlotação no CEM
O Centro Educacional Masculino (CEM) está superlotado com 104 adolescentes, 40 a mais que sua capacidade, que é de apenas de 64 internos. A situação precária do CEM tem sido constantemente discutida por autoridades e entidades no Piauí. Em julho do ano passado, comissões da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PI) fizeram uma vistoria na unidade. Em 2012, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também realizou fiscalização no local.

A unidade registra fugas constantes de internos. Em julho de 2015, o adolescente Gleison Vieira da Silva, 17 anos, acusado de participar do estupro coletivo em Castelo do Piauí, foi assassinado dentro da unidade.

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G1

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