POLÍCIA
Mulher vai prestar depoimento e é detida suspeita de fraudar concursos
Uma mulher foi neste sábado (12) prestar depoimento sobre a Operação Veritas, que investiga fraude em concursos públicos no Piauí e ficou detida. Os depoimentos ocorrem na sede do grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), Zona Sul de Teresina. O delegado geral Riede Batista não revelou qual a participação da mulher no esquema e disse apenas que outras três pessoas continuam foragidas e vão ter a prisão preventiva decretada nas próximas horas.
A Polícia Civil do Piauí descobriu que a quadrilha desarticulada nessa quinta-feira (10) negociava gabaritos e contratava pessoas para responder as provas de concursos públicos por meio de um grupo em um aplicativo de mensagens instantâneas. Até o momento, 33 pessoas tinham sido presas e 30 mandados de condução coercitiva foram cumpridos. A polícia afirmou ainda que 11 presos foram liberados após prestarem interrogatório.
Na quinta-feira (10), cerca de 200 policiais civis cumpriram 37 mandados de prisão, 34 de busca e apreensão e 46 de condução coercitiva. Ainda segundo o delegado, das 33 pessoas presas, 11 já foram soltas.
“O trabalho de investigação continua. Em relação as conduções coercitivas quase todas já foram realizadas, mas três pessoas continuam foragidas e vão terão a prisão preventiva decretada em breve”, afirmou.
Outra novidade do caso é o vazamento de informações dentro da Polícia Civil. A secretaria de segurança anunciou que vai tomar as providências necessárias para investigar se há policiais repassando informações das investigações. Segundo a polícia, material de investigação vazou na internet, isso permitiu que várias as pessoas tivessem acesso a mapas com fotos de investigados.
“Vamos fazer uma investigação interna através da Corregedoria da Polícia Civil para saber se pessoas de dentro da corporação repassaram informações internas sobre operações e prisões que venham acontecer.Isso será investigado com rigor”, declarou.
Tribunal de Justiça mantem concurso
O desembargador Raimundo Eufrásio Alves Filho, presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI), afirmou nesta sexta-feira (11) que aguarda a conclusão e entrega do inquérito policial para decidir sobre a anulação ou não do concurso do TJ. Além disso, todos os envolvidos no esquema de fraude do certame serão eliminados.
O concurso do TJ
No dia do concurso, cinco candidatos foram detidos após serem flagrados com aparelhos celulares, documentos falsos, mas liberados após prestarem esclarecimentos. A polícia confirmou que alguns deles estão entre os alvos dos mandados de condução coercitiva cumpridos nesta quinta-feira (10).
Em dezembro do ano passado, 42.920 candidatos disputaram as 180 vagas ofertadas no concurso público do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI). As provas foram aplicadas das 8h às 13h (horário local) para candidatos que concorreram às vagas de escrivão judicial, analista de sistemas de banco de dados, analista de sistemas telecomunicações, auditor, enfermeiro e analista administrativo.
No turno da tarde das 14h30 às 19h30 foram aplicadas as provas para as carreiras de oficial de justiça avaliador, analista de sistemas desenvolvimento, contador, engenheiro eletricista, médico, nutricionista, odontólogo, psicólogo, psiquiatra e analista judicial.
G1
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