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POLÍCIA

Polícia dá detalhes sobre atuação de quadrilha envolvida em queda de avião

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Em coletiva na manhã desta quinta-feira (16), na Delegacia Geral, a Delegacia de Entorpecentes divulgou os resultados da investigação sobre o avião que caiu carregando 30kg de drogas em Assunção do Piauí em abril deste ano.

O delegado Menandro Pedro, coordenador da Delegacia de Entorpecentes (DEPRE), informou que todos os envolvidos já respondiam por tráfico de drogas. Um deles responde também por porte ilegal de armas e outro já havia sido preso pela Polícia Federal com R$22 mil em moedas paraguaias falsas.

O piloto do avião, identificado como Antenor Pedreira, foi preso também em uma ação da Polícia Federal na década de 90 por tráfico internacional de drogas. “Ele tinha conexões com traficantes do Suriname e da Bolívia”, afirmou o delegado Matheus Zanatta, da DEPRE.


O delegado Matheus Zanatta disse que o piloto que morreu na queda do avião tinha conexões internacionais / Foto: Elias Fontenele/O Dia

No momento da prisão, a polícia apreendeu ainda R$15 mil com os acusados, uma picape Amarok que receberia a droga transportada pelo avião, drones e rádios de comunicação aérea bem como vários equipamentos de controle de voo. Todo esse material era adquirido em lojas do Ceará. Em Teresina, a quadrilha cuidava do reabastecimento das aeronaves que chegavam ao Piauí negociando combustíveis com representantes de postos de gasolina. A polícia disse que esses representantes e os estabelecimentos que forneciam esse combustível não possuíam qualquer ligação com a organização criminosa e desconheciam a prática de atividades ilícitas por parte do grupo.


Quadrilha usava e-mail para comunicação. Carro e era usado para transportar droga e guardava tanques de combustível para avião

 

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Ao serem ouvidos pela equipe da DEPRE, os presos negaram que tivessem qualquer vínculo entre si e afirmaram ter se encontrado ao acaso no local da queda do avião. Para a polícia, a versão apresentada por eles continha muitas falhas e ficou comprovado que todos se conheciam de longa data e atuavam em uma quadrilha interestadual de tráfico de drogas com desmembramento em estados como Roraima, São Paulo e Ceará.

No dia anterior à queda do avião, dois dos acusados, Cleber e Tiago, foram vistos comprando mantimentos em um supermercado de Fortaleza, no Ceará. Esses mantimentos abasteceriam o acampamento que o grupo mantinha próximo à pista clandestina. A polícia afirmou que a droga iria ser colocada posteriormente em um caminhão tanque para ser entregue em outro estado.


Cleber e Tiago foram vistos fazendo compras juntos em supermercado para abastecer acampamento próximo à pista de pouco clandestina

A polícia possui a nota fiscal das compras e ainda um endereço de e-mail usado pela quadrilha para manter contato entre os membros em outras partes do país.

Os seis presos são: Cleber dos Santos, Robson Davi Siqueira, Tiago Costa Araújo, Vagner Pereira da Silva, Ronaldo Aparecido Moreira Torres e Alex Sandro Um dos envolvidos no crime segue foragido e é o suspeito de ter construído a pista clandestina. A polícia não quis divulgar seu nome porque segue em diligências.


Integrantes da quadrilha que atuava em pelo menos três estados brasileiros 

Sobre Cleber dos Santos, a polícia informou que ele havia sido solto no dia 20 de maio, um mês e duas semanas após sua prisão, por meio de um Habeas Corpua impetrado por sua defesa alegando que ele não tinha nenhum antecedente criminal. No entanto, após investigações, a polícia confirmou que ele já havia sido citado em outras operações da Polícia Federal portando moedas falsas e armamento pesado. Ele acabou sendo preso novamente em no dia 18 de junho em Brasília e na ação foram apreendidos um carro de luxo e 17 celulares. Cleber é apontado ainda como o líder da quadrilha no Piauí.

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Quando condenados, cada um deles pode pegar até 15 anos de prisão.

 

PortalODia

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