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POLÍCIA

Polinter prende ‘Nego Wilson’, que diz ter matado mais de 15 pessoas

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No início da manhã desta sexta-feira (4), a Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter) deflagrou a operação “Acossar”. Sob o comando do delegado Luciano Alcântara, os policiais civis efetuaram a prisão de Wilson da Silva Barreto, conhecido como “Nego Wilson”, que tem uma vasta ficha criminal e é considerado uma pessoa altamente perigosa.

O suspeito foi preso numa residência na Vila Santa Cruz, zona sul de Teresina, e a Polícia Militar deu apoio à operação da Polinter. Nenhuma arma foi localizada no local.

Os investigadores deram cumprimento a um mandado de prisão pelo crime de roubo de um veículo em junho deste ano. Mas o delegado Luciano Alcântara ressalta que Wilson Barreto já responde a outras cinco ações penais por homicídio, tentativa de homicídio, roubo, porte e posse ilegal de arma de fogo. Todos os crimes foram praticados a partir de 2009.

A Polinter informou que, por enquanto, só foi comprovada a participação de Wilson Barreto no roubo de uma picape modelo Volkswagen Saveiro, no dia 7 de junho deste ano, na região do Grande Dirceu, na zona sudeste. Mas a Polícia Civil ainda investiga o envolvimento dele em outros roubos de veículos.

Neste caso, especificamente, Wilson teria agido com mais quatro pessoas, inclusive um adolescente. E o veículo foi recuperado poucas horas após o assalto, mas apenas o menor de idade foi apreendido.

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O delegado Luciano Alcântara (Foto: Elias Fontinele / O DIA)

“O roubo ocorreu pouco depois da meia-noite, e por volta das 13 horas do mesmo dia nós conseguimos localizar essa Saveiro, que estava escondida num matagal, na região da Prainha. Fizemos, então, uma campana no local, para realizar a prisão dos suspeitos, mas apenas um adolescente foi apreendido na ocasião”, detalha Luciano Alcântara.

Os suspeitos chamaram um motorista da Uber para ir até o local onde haviam deixando a Saveiro roubada, mas o adolescente foi o primeiro a descer do carro. Wilson Barreto percebeu que a Polícia estava à sua espera e ameaçou o motorista com uma arma, ordenando que ele iniciasse uma fuga.

Poucos minutos após iniciada a perseguição, o veículo da Uber acabou colidindo com uma viatura da Polícia Militar, e Wilson Barreto conseguiu escapar, juntamente com outra comparsa.

“Policiais civis que o viram correndo no momento da fuga conseguiram identificar que se tratava do conhecido ‘Nego Wilson’, e, a partir daí, nós iniciamos as investigações, que culminaram com sua prisão, nesta sexta-feira”, acrescenta Alcântara.

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Além das outras ações penais que já responde na Justiça, neste caso da Saveiro tomada de assalto ele será indiciado por roubo, associação criminosa e corrupção de menores, tendo em vista que um adolescente participou do crime. “Nós descobrimos que ele costuma aliciar menores para participar desses assaltos. Ele, na verdade, era o líder. No início, ele apenas fornecia o veículo e as armas que eram usadas para realizar os roubos, mas, depois de um tempo, ele próprio começou a participar dos assaltos. As outras investigações ainda acontecem em segredo, para que a gente possa comprovar a materialidade e a autoria, mas neste caso já está tudo comprovado”, esclarece o delegado da Polinter.

Para garantir a prisão de Wilson Barreto, a Polinter solicitou à Justiça vários mandados de busca, em diferentes residências – no Parque Piauí, no Promorar, no Lourival Parente e na Vila Santa Cruz -, todas pertencentes a familiares ou amigos de “Nego Wilson”.

“Ele é um rapaz perigoso. Como ele mesmo diz, já praticou vários homicídios, e, por essa razão, não tem o costume de ficar dormindo numa mesma residência por muito tempo. Por isso, solicitamos mandados de busca para várias casas”, destaca o delegado.

‘Nego Wilson’ teria ameaçado o capitão Fábio Abreu de morte

Ainda de acordo com Luciano Alcântara, alguns anos atrás, quando o capitão Fábio Abreu ainda era comandante do Batalhão da Rone (BPRone), “Nego Wilson” teria ameaçado o militar de morte, caso ele e seus comandados “entrassem na Vila Santa Cruz”, região onde o suspeito atuava.

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“Ele se vangloria de ter cometido mais de quinze homicídios, mas essa informação ainda não podemos confirmar”, afirma o delegado Luciano Alcântara.

Veículos roubados são destinados para desmanches ou revendidos após adulteração

Segundo a Polinter, as quadrilhas especializadas no roubo de veículos costumam destiná-los para desmanches ou revendê-los após a adulteração dos chassis e das placas.

“Eles adulteram o veículo e repassam para outras pessoas como se o veículo fosse legal”, detalha Luciano.

Por: Cícero Portela / Portal O Dia

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