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POLÍCIA

STJ nega pedido de liberdade de prefeito preso por corrupção no Piauí

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O Supremo Tribunal Justiça (STJ) negou um pedido de habeas corpus do prefeito de Redenção do Gurguéia, Delano Parente (PP), preso no dia 14 de julho suspeito de participação em um esquema de fraudes em licitações públicas e corrupção. A decisão foi dada no dia 28 de julho pelo presidente do STJ, ministro Francisco Falcão.

Não há mais detalhes sobre o pedido de soltura ou sobre a decisão porque o caso segue sob segredo de Justiça.

A Operação Déspota foi deflagrada no dia 14 julho para cumprimento de oito mandados de prisão preventiva, oito mandados de prisão temporária, três de condução coercitiva e onze de busca e apreensão.

Promotor Rômulo Cordão, do Gaeco (Foto: Fernando Brito/G1)Promotor Rômulo Cordão, do Gaeco (Foto:
Fernando Brito/G1)

O MPE informou que o dinheiro desviado da prefeitura Redenção do Gurguéia seria utilizado na campanha eleitoral deste ano e em compra de votos. Conforme o MPE, em depoimento, os próprios investigados falaram qual seria o destino dos valores. O órgão estima que o prefeito da cidade, empresários e outros gestores públicos desviaram R$ 17 milhões, através de licitações fraudulentas.

Segundo o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), promotor Rômulo Cordão, o dinheiro também estava sendo usado para manter um padrão de vida de luxo das pessoas envolvidas no esquema criminoso. O uso do montante foi revelado pelos próprios investigados em depoimentos.

Áudios divulgados nos dias seguintes à operação mostraram um agente público combinando preços de licitações com um empresário. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, em um áudio de quatro minutos é possível perceber o secretário de infraestrutura do município, Aldemis de Sousa Nunes, e um empresário negociando três valores diferentes para ganhar licitações. Um dos suspeitos chega a confirmar que faz opções de orçamentos superfaturados para conseguir o contrato.

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No dia 19 de julho foi prorrogada a prisão temporária de seis dos oito presos durante a “Operação Déspota”. A decisão foi dada pelo poder judiciário atendendo ao pedido do Ministério Público do Piauí.

Segundo o MP, as prisões temporárias são como prisões cautelares e duram em média cinco dias. Depois que o prazo encerra, se o suspeito é essencial para a continuidade das investigações e precisa continuar recluso, as prisões podem ser prorrogadas.

Entre os presos estão secretários, empresários, servidores da prefeitura de Redenção do Gurguéia, além do prefeito Delano Parente e o pai Aldemis de Sousa.
De acordo com o chefe da CGU no Piauí, Edilson Correia, pelo menos 40 pessoas e sete empresas são investigadas por suspeita de fraude, corrupção, superfaturamento e desvio de verbas públicas.

G1

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