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POLÍTICA

Candidatos a presidente da Câmara debatem reforma política com novatos

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Os quatro candidatos à presidência da Câmara participaram neste sábado (31) de um encontro com deputados novatos para debater a reforma política. Ao lado de especialistas convidados para o evento, cada um deles – Arlindo Chinaglia (PT-SP), Chico Alencar (PSOL-RJ), Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Júlio Delgado (PSB-MG) – demonstrou seus pontos de vista sobre o tema Primeiro a falar, Chico Alencar disse que a reforma política é uma pauta comum aos quatro candidatos, mas que há divergência sobre o que mudar. Ele chamou a atenção para o modelo de financiamento de campanhas, que, em sua opinião, está ultrapassado. “Vocês não consideram que o modelo atual de financiamento de campanhas não está cada vez mais inviabilizando a presença popular a e participação popular na política? Candidato competente é aquele com capacidade de arrecadar e que se elege é aquele que tem recursos!, afirmou, em direção aos cientistas políticos Jairo Nicolau e Fabiano Santos.

O candidato do PSOL também destacou a importância da internet como instrumento para aproximar os eleitores dos parlamentares. “Não é o caso da gente estimular outras formas de interação e participação na política, que dialoguem com a representação formal? Até para dar chance de participação maior, das mulheres, por exemplo”.

Candidato do PT, o deputado Arlindo Chinaglia questionou se a reforma política é a pauta mais desejada pela população no momento. “Que pauta nacional, para além da reforma eleitoral, a Câmara deveria assumir? Na minha opinião, é uma pauta que corresponda aos desejos populares. E a reforma política e eleitoral não é”, afirmou.

Ele lembrou que em 2007 se tentou votar na Câmara uma ampla mudança nas regras eleitorais, que não foi adiante. Ao final do evento, em entrevista, destacou questões como emprego, saúde, economia e, “especialmente”, segurança.

“Os dramas humanos se refletem em assassinatos, em violência, em acidentes de trânsito. Ou seja, a população clama por medidas que nem sempre são do Legislativo.

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Então eu creio que nós devemos reunir especialistas, pegar as melhores experiências de uma pauta que vai ser discutida democraticamente com todas as bancadas, aprofundar o estudo, verificar que alteração na lei e necessária ser feita. Mas não só. Devemos pegar o poder do conjunto da Câmara para fiscalizar os outros poderes, para que eles também cumpram com seu papel”.

Terceiro a falar, Eduardo Cunha manifestou queixa em relação à paralisação, na Comissão de Constituição e Justiça, de uma proposta de emenda constitucional que trata de vários temas da reforma política, como fim da reeleição, coincidência de mandatos, forma da eleição para o Legislativo – se regime proporcional, distrital misto ou distritão – e cláusula de barreira.

“Há oito meses, a Comissão de Constituição e Justiça sofre obstrução parlamentar para que não se dê admissibilidade a essa PEC […] Questiono se mesmo com posições divergentes, não havendo uma decisão política, em que aqueles que são vencidos em determinados temas e que aceitam serem vencidos, em vez de utilizar da obstrução parlamentar, possam colocar em votação todos os temas, e que a maioria possa fazer a sua votação referendada”.

Ele defende que primeiro se decida a forma de eleição para depois estabelecer como elas serão financiadas, se com a manutenção de doações privadas, com restrição somente a empresas ou totalmente bancadas com dinheiro público.

Último a participar, Júlio Delgado propôs que, diante do dissenso entre os deputados, a Câmara decida primeiro pontos da reforma política que “atraiam a sociedade”. “Começar por temas que a sociedade recentemente discutiu nas eleições, como fim da reeleição para cargos majoritários, com mandato de 5 anos, e a coincidência eleitoral”, disse, mencionando mudanças propostas pelo próprio PSB na disputa presidencial.

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Durante esse sábado, os quatro candidatos concentraram a agenda em encontros privados com lideranças partidárias e deputados que assumem o primeiro mandato. A eleição está marcada para a tarde deste domingo e o vencedor comandará a Câmara pelos próximos dois anos.

Fonte: G1

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