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POLÍTICA

Cresce pedido de candidatura de militar e policial

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O número de pedidos de registro de candidatos que se declaram policiais (civis e militares), militares ativos ou inativos ou bombeiros militares cresceu de 1.044 em 2014 para 1.154 em 2018, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O aumento é de pouco mais de 10%.

Os dados levam em conta pedidos de candidaturas para todos os cargos em disputa nesta eleição – presidente e vice, governador e vice, senador e suplente, deputado federal e deputado (distrital, estadual e federal).

Em 2018, as 1.154 candidaturas de policiais e militares representam 4,23% dos 27.299 pedidos de candidaturas já contabilizados pelo TSE, percentual semelhante ao de 2014, quando as mesmas categorias representaram 3,99% dos 26.162 pedidos.

Essa proporção, entretanto, ainda pode variar, pois o balanço é parcial. Os pedidos de candidatura puderam ser feitos pelos partidos até as 19h de quarta-feira (15). O TSE, entretanto, não divulgou um balanço fechado, e tem atualizado os números regularmente – a última vez ocorreu por volta das 19h desta quinta.

Os dados finais devem ser conhecidos após o dia 20. Até lá, a Justiça Eleitoral ainda recebe registros de candidatos que foram escolhidos em convenção.

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Além disso, o número final de candidatos deverá ser diferente. Cada um deles passa por uma análise da Justiça Eleitoral, e pode ser aceito ou não. Em 2014, dos 1.044 pedidos de registro de policiais, militares e bombeiros militares, 901 viraram candidaturas.

Qual subiu mais?

Entre as 5 ocupações ligadas às forças de segurança, houve aumento no número de pedidos em 4. A que mais subiu foi de militares reformados: de 127 em 2014 para 209 neste ano.

Houve também aumento dos pedidos de candidatos que se declaram membros das Forças Armadas (de 58 para 80), policial civil (156 para 182) e policial militar (576 para 585) também registraram aumento.

A exceção é a de bombeiros militares. Neste ano, até o último balanço, há 98 pedidos, ante 127 em 2014. Mas os números também podem mudar até o balanço final. Por isso, não é possível dizer que houve queda.

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Segundo Adriano Codato, professor de ciência política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a opção dos partidos por pessoas ligadas a forças de segurança pode estar relacionada à percepção de insegurança.

“Partidos veem a oportunidade de ganhar votos pois este é um tema popular, e os candidatos veem uma janela de oportunidades aberta em função da percepção de insegurança pública”, diz Codato.

O pesquisador avalia, entretanto, que o aumento de 2018 – de cerca de 10% – deve ser visto com cautela, pois não é expressivo, na opinião dele.

Codato aponta também que pode haver candidatos com origem em forças de segurança que não se declararam como tal no pedido de registro da candidatura. Em pesquisa recente, Codato e outros pesquisadores identificaram candidatos que, uma vez eleitos, passam a se registrar nas eleições seguintes como deputado ou vereador, e não mais como policial, por exemplo.

Além disso, existem categorias vinculadas à segurança pública, como a de policiais federais, que não são listadas nas possíveis ocupações para o pedido de registro.

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Fonte: G1

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