Connect with us

POLÍTICA

Crescendo nas pesquisas, Haddad se torna alvo de Ciro e Marina em debate

Publicado

em

Em crescimento nas últimas pesquisas de intenção de voto, o candidato petista Fernando Haddad tornou-se o principal alvo de debate promovido por Folha de S.Paulo, UOL e SBT nesta quarta-feira (26). Seus concorrentes Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) investiram contra ele.

Em pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta quarta, Jair Bolsonaro (PSL) segue como líder nas intenções, com 27%, seguido do petista, com 21%.

Também compareceram ao debate Geraldo Alckmin (PSDB), Cabo Daciolo (Patriota), Henrique Meirelles (MDB), Alvaro Dias (Podemos) e Guilherme Boulos (PSOL). Bolsonaro recupera-se no hospital de facada em ato de campanha no início do mês.

No primeiro bloco, em que os candidatos fizeram perguntas entre si, a interação entre Haddad e Marina gerou o grande ponto de tensão.

Ao questionar Marina sobre a revogação ou não da emenda do teto de gastos e da reforma trabalhista promovidas pelo presidente Michel Temer (MDB), Haddad ouviu que o Brasil está no “fundo do poço” em função da “corrupção de PT, MDB e PSDB”.

Publicidade

A candidata disse que seu plano seria recuperar a credibilidade do país desgastada pelo PT com auxílio de Temer, que se tornou uma espécie de batata quente dos candidatos –um atribuindo proximidade com o presidente ao outro.

“Quem botou o Temer lá foram vocês. O Temer traiu a Dilma e não conseguiria chegar lá sem a ajuda de vocês”, disse Haddad, referindo-se ao apoio de Marina ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Marina rebateu: “Não defendo terceirização de atividade-meio nem o teto feito pelo Temer. Engraçado você falar de impeachment depois de pedir bênção ao Renan Calheiros (MDB-AL), que apoiou o impeachment. São dois pesos e duas medidas. O PT faz o discurso dos trabalhadores e leva o país ao buraco com o Temer”, disse Marina, que foi congratulada por Ciro Gomes após a resposta.

No bloco seguinte, em que os candidatos responderam a questões de jornalistas, foi a vez de o pedetista trocar farpas com Haddad. Perguntado sobre a maneira que comporia seu governo se fosse eleito, Ciro disse que “se puder governar sem o PT, eu prefiro”.

Ele disse reconhecer os méritos das gestões passadas, mas afirmou que o partido foi responsável pelo nascimento de uma “estrutura de poder odienta, que criou a figura horrorosa que é o Bolsonaro”. Ciro disse que sabe dialogar e pode acabar com a contradição entre PT e Bolsonaro, “que está levando o país para a violência”.

Publicidade

Pouco depois, Haddad referiu-se à fala de Ciro de maneira irônica ao dizer que fora convidado pelo concorrente para ser vice de sua chapa, que então teria chamado a dupla de “dream team” (time dos sonhos).

Álvaro Dias também escolheu a trilha do antipetismo como estratégia no debate.

“Sempre combati esse sistema corrupto, estou nessa campanha para impedir a volta de uma organização criminosa”, afirmou.

Cobrado por sua proximidade com Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad seguiu estratégia desenhada pelo ex-presidente de enfatizar a geração de empregos em seus discursos. Além disso, o petista também tentou destacar números de sua passagem como ministro da Educação dos governos petistas.

“Vamos fazer o Brasil feliz de novo com estas duas palavras magicas: educação e emprego”, resumiu Haddad na reta final de sua participação.

Publicidade

Ele desconversou ao ser perguntado se continuará visitando Lula na prisão em Curitiba caso seja eleito.

Líder nas pesquisas de intenção de voto, o ausente Bolsonaro foi lembrado apenas algumas vezes. Além da citação de Ciro, outra menção relevante foi feita por Boulos, que relembrou de episódio em que o capitão reformado defendeu o direito de empresários pagarem menos a mulheres do que a homens.

Alckmin, que tenta subir nas pesquisas e ocupar o lugar do candidato do PSL, evitou citar o nome de Bolsonaro, chamando-o de “candidato da discriminação”.

Diante da alta rejeição de Bolsonaro pelo eleitorado feminino devido a posicionamentos considerados preconceituosos, os presidenciáveis dirigiram-se a essa parcela do eleitorado em busca de votos.

Ciro disse que metade dos ministérios de um eventual governo seu seria ocupada por mulheres. Marina fez um apelo direto às câmeras.

Publicidade

“Temos aqui sete homens e uma mulher pobre, humilde, disputando com eles. Espero, contando com o seu voto, estar no segundo turno”, disse.

Daciolo deu um recado sentimental e disse amar as mulheres brasileiras e que as tratará com respeito em um eventual mandato seu.

O debate teve média de 6 pontos no Ibope. Cada ponto equivale a 693,7 mil espectadores em todo o Brasil

Fonte: Folha Press

Publicidade
Publicidade

Facebook

MAIS ACESSADAS