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POLÍTICA

Deputados aprovam cotas para egressos do ensino público em concursos do Piauí

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Os deputados estaduais do Piauí aprovaram nesta terça-feira (16), a proposta de criação de cotas para egressos de escolas públicas municipais, estaduais e federais em concursos públicos do Governo Estadual. O projeto de lei segue agora para a sanção do governador do Estado.

A proposta é de autoria do deputado Evaldo Gomes (PTC) (foto). De acordo com o parlamentar, 20% das vagas dos concursos públicos estaduais serão destinadas para egressos do ensino público de qualquer Estado.

“Qualquer aluno do Piauí ou de outro Estado, sendo egresso do ensino público, terá direito à cota. Se já existe uma lei onde eles podem ter acesso às Universidades Públicas, porque não estender isso aos concursos públicos? É até uma maneira de valorizar a escola pública, porque consequentemente haverá uma melhora na qualidade do ensino público”, frisou o deputado Evaldo Gomes.

No entanto, para o professor de cursinhos preparatórios em Teresina, Antônio Cláudio, a lei  fere o princípio da igualdade. “Isso é um absurdo! Os deputados estão procurando um jeito de tapar o sol com a peneira. Porque ao invés de investirem na melhora das escolas públicas, eles ficam inventados cotas pra dizer que os alunos estão indo bem. Isso é um ato totalmente inconstitucional, porque está tirando o direito de igualdade entre as pessoas. Cota para deficiente até que se admite, pois eles não podem concorrer em pé de igualdade. Já aluno de escola pública tem que receber é educação de qualidade e não ficar esperando por cota”, frisou Antônio Cláudio.

Juliana Moura, que há três anos estuda para o concurso da Secretaria de Fazenda do Piauí (SEFAZ-PI), também não concorda com a lei aprovada. Para ela, o sistema de cotas reflete a má gestão da Educação no Piauí. “A gente passa horas e horas estudando para conseguir a aprovação e vem um deputado desses, diminuir ainda mais o número de vagas para o cidadão comum, que se sacrifica para pagar uma escola particular. Nada contra os alunos da rede pública, mas deveria haver melhora no ensino público e não a criação de cotas. Essas cotas só refletem a má gestão da Educação em nosso Estado”, assevera Juliana Santos.

Já Iris Santos, oriunda de escola pública, diz que a lei é bem vinda, pois dá oportunidade a pessoas que não tiveram condições de pagar uma escola particular. “Eu acho que todos têm que ter oportunidade. Não podemos estar em desvantagem aos demais concurseiros, que tiveram acesso a uma educação de melhor qualidade na rede privada. Essa é uma forma de inclusão.”, comentou a pedagoga e funcionária pública da Prefeitura de Teresina.

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Portal AZ

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