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POLÍTICA

Deputados querem desmilitarização das polícias e criação de única força de segurança pública

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A Comissão Especial de Segurança Pública da Câmara dos Deputados se reúne, na tarde desta sexta-feira (19), com representantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal do Piauí. A discussão acontece no plenarinho da Alepi e tem como objetivo debater sobre a unificação das polícias.

Na prática, os parlamentares querem a desmilitarização da polícia e criar uma única força de segurança pública. O presidente da Comissão, deputado federal Edson Moreira, defende que a unificação entre as instituições da Polícia Civil e Militar irá impor ordem na segurança pública e diminuir índices de violência.

“Com essa união das polícias será criado um comando único. Uma parte dos policiais ficará na investigação e a outra uniformizada [fazendo policiamento ostensivo]. Vivemos um clima de terror. O crime organizado toma conta do país”, defende o deputado.

A audiência foi proposta pelo deputado federal Silas Freire (PP). Em entrevista ao Cidadeverde.com, o parlamentar piauiense ressaltou  a opinião do presidente da Comissão e disse que a mudança no modelo de Segurança Pública do Brasil é urgente.

“As pessoas vivem com medo. Existe uma interrogação entre os que fazem segurança pública. Hoje podemos afirmar que o modelo atual de segurança está falido. Esse é debate que o Brasil precisa ter”, pondera Silas. O deputado propõe, ainda, que a Secretaria Nacional de Segurança Pública mude de status e se torne um ministério.

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As audiências sobre a unificação das polícias estão sendo realizadas em todos país pela Comissão Comissão Especial de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. Em todos os estados, a discussão levanta polêmicas. No Piauí, o Sindicato dos Policiais Civis destacou que o tema merece uma debate mais amplo.

“As decisões devem ser tomadas levando em conta a equiparação dos policiais e delegados. Hoje o delegado também é um policial civil. Não se faz nenhuma mudança sem passar pela desmilitarização”, afirma Costantino Júnior, presidente do Sinpolpi.

O tenente Coronel Carlos Pinho, da Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Piauí disse que  entidade é contra o processo de desmilitarização, o que considera como um “papel em branco” e sem a discussão necessária com a sociedade. “Como é que vamos assinar um papel, em branco, sem conhecer o que tem de concreto. O que deve ser feito é uma consulta a sociedade, pois essa sim sabe e reconhece a Polícia Militar”, criticou.

O encontro também contou com a participação de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil- Seccional Piauí.

Cidade Verde

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