POLÍTICA
Dilma diz que país irá superar crise sem ‘nadinha’ de amargura e ódio
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (28), durante evento em Caucaia (CE), que o país irá superar a crise sem “nadinha” de amargura e ódio. Ao participar da cerimônia de entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, ela também pediu “muito amor no coração” para o Brasil vencer as dificuldades.
Em meio a uma crise econômica, Dilma tem dito em eventos dos quais participa que as dificuldades enfrentadas pelo Brasil são “momentâneas” e que o governo tem adotado medidas para superá-las. Ao considerar 2015 um ano de “travessia” no cenário econômico, a presidente tem declarado que nos próximos anos será possível retomar o crescimento e a geração de empregos com redução da inflação.
“O Brasil, hoje, é um país democrático e um país que sabe superar suas dificuldades. Como todos os países do mundo, nós temos a garra de superar as nossas dificuldades. Mas tem uma característica especial: nós superamos isso com muita esperaça e muito amor no coração, e com nadinha de amargura ou de ódio. Nós somos um país tolerante, que respeita os outros e que quer ver seus filhos e filhas sendo criados em um mundo de paz”, declarou.
Ao ser anunciada no evento, a presidente foi ovacionada pela plateia, formada em sua maioria por beneficiários do Minha Casa, Minha Vida. Antes de iniciar seu discurso, Dilma assistiu aos presentes entoarem o grito de “não vai ter golpe!”, assim como tem ocorrido em outros eventos dos quais ela participa.
Em um discurso que durou cerca de 35 minutos, Dilma disse que há “minoria” de “pescadores de águas turvas” que apostam no “quanto pior, melhor”. “Mas nós vamos ter clareza de afirmar não só que o Brasil é um país forte, mas também que vai crescer e vai superar as dificuldades que tem, que são momentâneas”, acrescentou.
Durante sua fala, apresidente ressaltou que a população conquistou “muita coisa” nos últimos anos e que o governo não permitirá que haja “retrocessos” nos programas sociais e na democracia. Em uma referência ao regime militar, ela destacou ter “sofrido” o período em que o Brasil era um país “não democrático” porque as pessoas “não podiam manifestar opinião.”
Equívoco
No evento em Caucaia, Dilma se equivocou ao cumprimentar o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), e o chamou, primeiramente, de líder do PMDB na Câmara dos Deputados e, depois, de líder do governo no Senado. Em seguida, ela corrigiu a informação.
Dialoga Brasil
Após participar do evento em Caucaia, a presidente seguiu para Fortaleza, onde teve reunião com empresários durante a tarde e participou, à noite, de evento do Dialoga Brasil, site lançado pelo governo federal que permite o envio de críticas e sugestões pela população sobre os programas conduzidos pelo país.
Durante o evento, ela reafirmou que o Brasil voltará a crescer, com redução da inflação e geração de emprego. Ela disse também que o compromisso do governo é com o “combate ao ódio” e que não permitirá retrocesso nas conquistas sociais.
“Quero dizer que nós vamos voltar a crescer, gerando emprego, reduzindo a inflação e, sobretudo, nós não vamos deixar que tudo o que conquistamos, que os programas que com tanta força construímos tenham qualquer retrocesso”, afirmou a presidente a uma plateia formada por representantes de movimentos sociais.
Em diversos momentos, a plateia, formada por representantes de movimentos sociais, entoou gritos de apoio a Dilma, como “no meu país eu boto fé porque ele é governado por mulher”, “não vai ter golpe!”, e “olê, olê, olá! Dilma, Dilma!”.
‘Quebra do protocolo’
Durante o evento, um dos participantes que fez pergunta para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, pediu para “quebrar o protocolo” e disse que a presidente Dilma é “muito bonita”.
Em seguida, o homem, identificado como Antônio Carlos, emendou: “nós temos a mesma idade, presidenta, uma pena que nós não nos encontramos na juventude”, arrancando risos e aplausos da plateia e um sorriso da presidente. Na sequência, Arthur Chioro afirmou, em tom de brincadeira, que o evento do Dialoga Brasil está “ficando quente”.
No discurso, Dilma se dirigiu a ele e agradeceu pelos elogios: “Não é todo dia que a gente recebe uma declaração. Fico muito agradecida, viu? Fico extremamente agradecida. Muito obrigado. É muito, muito gentil da sua parte”, disse a presidente a Antônio Carlos, que se levantou e a aplaudiu.
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