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POLÍTICA

Júlio César votará pelo impeachment e justifica: “compromisso com o Brasil”

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O deputado federal Júlio César (PSD) revelou na tribuna da Câmara dos Deputados, que irá votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rouseff (PT). O parlamentar evitou a imprensa por toda a semana e só nesta sexta-feira (15) afirmou, no momento destinado ao PSD no rito do processo do impeachment, que prefere a saída da petista.

Júlio César declarou que não tem nada contra a presidente Dilma, mas que “tem compromisso com o Brasil”. Segundo ele, o Brasil está “parado e regredindo” e, para restabelecer a credibilidade do país, decidiu votar pelo impeachment.

“Eu quero dizer que o país está parado. Parado e regredindo. E, para restabelecer a confiança, credibilidade ou pelo menos uma remota confiança, eu decidi votar a favor do impeachment. Sei que é difícil o que vier depois. Conheço as contas públicas e se não tiver a mão de ferro não consertará o Brasil”, declarou em seu discurso.

O parlamentar disse que tem vivido dias angustiantes e citou dívidas do governo federal. Afirmou também que leu todo o processo, tanto defesa como acusação. “Eu confesso que, nos últimos dias, tenho vivido muito angustiado. Angustiado com a realidade brasileira, com a política, economia e com as lideranças que cercam lá no meu Estado, no caso do governador, mas angustiado acima de tudo coma decisão que  eu tinha que tomar. Tomei no dia de ontem à noite. Li todas as peças, não faço nada por desejo pessoal, nem para acusar e nem para ter a alegria de fazer uma acusação talvez até leviana, mas, por convicção  própria”, declarou.

Desde o início do processo, o deputado vinha informando que votaria de forma isenta e só hoje anunciou a sua decisão. Era  tido como indeciso. A direção do PSD decidiu essa semana que irá votar a favor do impeachment, mas que não vai punir os parlamentares que não quiserem votar contra a saída de Dilma. Desse modo, o deputado está seguindo o voto do partido.

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“Além de ter lido toda a defesa, acusação, também tenho o lido o desequilíbrio das contas públicas. A previdência social tem um rombo do regime geral de R$ 86 bilhões. Aumentou de R$ 14 bilhões para R$ 30 bilhões. Os restos a pagar tem mais de R$ 100 bilhões empenhados a pagar. O subsídio ao BNDES, que é para financiar os ricos do Brasil, o tesouro pagou em 2014 quase R$ 25 bilhões. As desonerações para fazer favoritismo político no período eleitoral somaram R$ 112 bilhões. Estou realmente muito preocupado. Não tenho naca com a presidente Dilma, mas teu compromisso com meu povo, com minha gente, com meu Brasil, com meu Piauí”, continuou Júlio Cesar.

É mais um voto perdido contra o impeachment, já que petistas no Piauí apostavam que o parlamentar iria votar contra a saída da presidente. Com a decisão de Júlio César, agora a previsão continua sendo que a bancada do Piauí  tenha cinco votos contrários ao afastamento.

Votos contra impeachment:

Assis Carvalho (PT)
Rejane Dias (PT)
Fábio Abreu (PTB)
Marcelo Castro (PMDB)
Paes Landim (PTB)

Votos a favor: 

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Júlio César (PSD)
Rodrigo Martins (PSB)
Iracema Portela (PP)
Heráclito Fortes
Átila Lira

Lyza Freitas / Cidade Verde

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