POLÍTICA
Marcelo Castro defende Dilma: “Ela não matou, não roubou, impeachment não tem fundamento”
O ministro da Saúde e deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) comentou nesta segunda-feira (07/12) a posição do PMDB a respeito do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) que tramita na Câmera Federal. Castrou evitou polemizar a postura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Casa, e destacou a parceria entre PMDB e PT no plano federal.
Ele nega ainda que os peemedebistas possam abandonar Dilma com a possibilidade do vice, Michel Temer (PMDB), assumir o Palácio do Planalto caso a petista seja cassada. A entrevista foi concedida à jornalista Samantha Cavalca, no programa Agora, da TV Meio Norte.
“Nós somos do Governo, com um vice-presidente. Estamos participando desde o governo passado, desde o governo Lula, fomos do primeiro governo da presidente com o Michel como vice e agora na reeleição. Nada aconteceu que fizesse nós do PMDB mudar de opinião. Apoiamos um governo honesto, sério, que a morabilidade e respeitabilidade da presidente está reconhecida por todos os brasileiros. O nome dela não aparece em nada, não tem contas no exterior, ela não matou, não roubou, não há nenhum crime de responsabilidade, não há nenhum fundamento jurídico para iniciar um processo”, argumentou Castro.
POSTURA DE MICHEL TEMER
Sobre a postura de Michel Temer, que ainda não apareceu publicamente na defesa de Dilma e tem sido alvo de especulações, Marcelo Castro afirmou que a posição do vice é “impecável”. “Evidente que ele está na postura institucional dele de vice, não vejo nenhuma razão para ele se envolver na linha de frente nem para um lado nem para o outro. A postura dele é respeitável”, frisou.
Castro ainda lembrou sobre a diferença do regime parlamentarista para o presidencialista, sendo este último o caso do Brasil. Sendo assim, portanto, seria preciso mais do que argumentos políticos para cassar Dilma, de acordo com o ministro.
“Algumas pessoas confundem um regime parlamentarista com presidencialista, porque no regime presidencialista o presidente recebe diretamente o voto da população e a maioria dos brasileiros escolheram a Dilma, é um mandato que tem data de começar e de terminar. Para ter o impeachment é preciso ter fundamento jurídico, ter um crime caracterizado. Não pode começar um processo só com fundamentos políticos, já que esse fundamento jurídico não existe”, completou.
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