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POLÍTICA

Na Alepi, Wellington diz que gestores anteriores desviaram ‘rota’ para o desenvolvimento do PI

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O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), realizou na manhã desta segunda-feira (2) a leitura da ‘mensagem do governo’ para abertura do ano Legislativo 2015 na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). Em seu discurso, ele voltou a falar da crise financeira em que encontrou o Estado no início do seu governo, em janeiro deste ano, mas se mostrou mais otimista, evidenciando que já conseguiu tirar o Piauí da situação de inadimplência em que se encontrava, desde 2013.

Em seu pronunciamento, que ao todo continha 17 passagens, o governador abriu dizendo que foi eleito porque a população entendeu que o Piauí estava num rumo diferente do que havia sido deixado por ele. “Quando assumimos o governo, pela primeira vez em 2003, deixamos o Piauí em uma rota em busca de maior desenvolvimento, mas os últimos gestores desviaram esse caminho. Por esta razão, acredito que fomos eleitos novamente pelo povo para voltarmos a colocar o Estado neste caminho”, declarou Dias.

Ainda no início de seu discurso, o governador preferiu “deixa de lado” o encarte de folhas com a mensagem e continuou sua fala no ‘improviso’. “Estamos comprometidos com um ciclo de mudanças para o estado. Queremos que cada piauiense tenha bens econômicos e culturais para uma vida digna”, disse o governador.

Wellington revelou que o Piauí avançou em muitos pontos, com destaque para economia e o social, mais que agora a gestão precisa ter uma ‘mentalidade’ econômica mais arrojada.

“Nessas últimas décadas nós já conseguimos elevar nosso PIB e reduzir as desigualdades, mas tivemos problemas no cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal [LRF]. Por isso, assumimos o governo com o propósito de neste ano de 2015 ajustar o estado para que ele seja capaz de reduzir as despesas e aumentar a receita. Felizmente, já conseguimos, em apenas um mês, retirar o estado do Cauc que é o cadastro onde são registrados os estados inadimplentes com a União. Além disso, nos adequarmos a LRF através de uma medida tomada pelo TCE. Isso vai nos possibilitar a realização de novos e continuar convênios que haviam sido firmados com o Governo Federal, que voltará a nos ajudará a custear obras importantes para nosso desenvolvimento”, explicou Wellington.

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De acordo com o governador, desde 2013 o estado estava com recursos na ordem de R$ 2 bilhões e 200 mil bloqueados devido a restrições do Cauc e da LRF. Esse dinheiro, seria repassado ao Piauí através da parceria com o Governo Federal para realização de mais de 700 projetos e obras. “Com esse dinheiro voltando a circular na economia há um incremento da receita e de arrecadação de ICMS. O resultado disso é um crescimento da economia e melhoria nas receitas”, acrescentou Wellington.

Dívidas deixadas
Sobre a dívida do estado, deixada pelos governos anteriores, Wellington declarou que havia um desequilíbrio na ordem de R$ 470 milhões. Neste caso a dívida surgiu porque o estado acabou gastando mais do que conseguia arrecadar.

“Graças a Deus, poderá ser possível que fechemos o ano equilibrados, com a receita pelo menos semelhante as despesas. Assim, conseguiremos funcionar o que há de essencial para população”, afirmou Dias.

Saúde, Educação e Segurança
Durante o discurso, Dias ainda justificou a necessidade do decreto de emergência nas áreas de Segurança, Saúde e Educação.

“Com o decreto na área da Saúde, por exemplo, nós conseguimos reabilitar o Hospital Infantil que voltou a funcionar de forma mais eficaz. Além disso, com um prazo maior, pretendemos estrutura cinco pólos de Saúde do estado, até 2018. Precisamos investir nos hospitais regionais das cidades de Parnaíba, Picos, Floriano e Bom Jesus, para que essas regiões possam atender enfermos de alta complexidade e os mesmos não precisem mais terem que se deslocar até Teresina”, informou Dias.

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Além dessa descentralização do atendimento especializado, o governador destacou a importância das iniciativas de prevenção. Para isso, ele prometeu disponibilizar mais equipamentos em 11 regiões do estado, que passará a realizar exames mais complexos.

Outro problema citado pelo gestor, foi a falta de água em algumas regiões e o valor gasto com a operação de carros-pipas. “Anualmente são gastos R$ 75 milhões com a utilização de veículos para o transporte de água, se pegarmos duas vezes esse valor que é gasto conseguiríamos dar uma solução definitiva para o problema e daríamos melhores condições de vida à população”, acrescentou.

Na área da Educação, Dias citou como melhorias a retomada de obras em escolas e o início de construção de novas escolas, principalmente apoiando as prefeituras do interior e da capital. Para incentivar a idade de novos alunos para as salas de aula, o governador destacou que pretende oportunizar aulas nos fins de semana (sábado e domingo), voltadas para as pessoas que trabalham e não tem condições de estudar durante os dias úteis da semana.

A iniciativa seria uma medida contra a redução do número matrículas efetivadas para este ano letivo, que prejudicou a arrecadação do estado. Com a redução do número de alunos o Piauí deixará de receber R$ 300 milhões em recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Por último e não menos importante, foi tratado o problema da falta de segurança no Piauí, que resultou no aumento da taxa de homicídios no estado. “Precisamos combater este mal, estamos perdendo vidas e providência estão sendo tomadas paravoltarmos ao patamar que estávamos e ainda alcançarmos a redução desses índices de criminalidade”.

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Para isso, ele destacou a reunião que teve com o Ministro da Justiça, com quem acertou a vinda da Força Nacional ao Piauí, até o mês de março. Além disso, destacou que o Piauí será o primeiro estado brasileiro inserido no programa do governo Federal, intitulado Brasil Mais Seguro.

Fotos: Gil Oliveira

Fonte: Portal Club Sat

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