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POLÍTICA

Mudanças na lei e no formato das campanhas desafiam políticos

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A política ainda é uma área que não exige diploma, qualificação técnica ou pré-requisitos do gênero para quem se habilita a ingressar na atividade. Mas os sucessivos escândalos envolvendo homens públicos no Brasil, o desprestígio da classe política, o aumento do nível de educação e informação do eleitor e a evolução dos meios de comunicação exigem de quem se habilita às urnas uma mudança de paradigma e de postura. E isso seja qual for a campanha disputada ou o cargo pretendido.

As mudanças na Lei Eleitoral, com a minirreforma aprovada pelo Congresso Nacional em setembro passado, reforçam a necessidade de maior cuidado e planejamento da parte dos candidatos e dos profissionais envolvidos nas campanhas. “Será um pleito completamente novo”, diz a advogada Geórgia Nunes, sobre as mudanças na lei para as eleições de 2016, quando o país volta às urnas para eleger (e reeleger) prefeitos e vereadores. “Nem os candidatos, nem os assessores, nem a Justiça Eleitoral está preparada para o que virá”, complementa.

Especialista em direito eleitoral com várias campanhas na bagagem, Geórgia cita o período de registro das candidaturas, o tempo de campanha e da propaganda eleitoral como as mudanças mais importantes para as eleições do ano que vem. Tem também o financiamento e a proibição das doações de pessoas jurídicas e os limites de gastos. “Isso vai impactar decisivamente nas eleições vindouras”, afirma. Para ela, o primeiro passo é conhecer as mudanças, reaprendendo a “jogar” com as novas regras. “Uma boa assessoria jurídica e contábil serão fundamentais. Contudo, com o novo limite de gastos, isso também ficou mais difícil de conseguir”, observa.

No campo da comunicação, muda principalmente o formato das campanhas. Esqueça aquelas campanhas com discursos em que se busca seduzir o leitor pela retórica. E falas que não batem com a prática ou cujo perfil do candidato as condenam à incoerência ou ao engodo. É preciso convencer o eleitor, hoje mais esclarecido, de que o que o candidato anuncia pode ser praticado e interessa a ele, eleitor. E isso exige um maior preparo do político.
“Das campanhas tracionais às eleições classistas, mudou profundamente o formato de se comunicar com o eleitor, e se modificou também a mensagem. E quem não se adaptar a isso vai ter mais dificuldade de convencer o seu público-alvo”, afirma o jornalista e consultor político Raimundo Filho, MBA em Marketing Político.

Diário do Povo

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