Connect with us

POLÍTICA

‘Não é possível trabalharmos grandes projetos só com emendas’, diz Elmano

Publicado

em

Nosso quinto entrevistado candidato ao Senado Federal é Elmano Ferrer. Na entrevista ao Portal AZ, Elmano destacou que, caso seja eleito, não irá direcionar seu mandato apenas na busca de emendas parlamentares, mas no orçamento geral da União.

“Não é possível trabalharmos grandes projetos, trabalhando apenas em emendas. Que é que nós pretendemos?(…) trabalhar o orçamento da União, se os grandes programas nacionais constam com o orçamento, na atuação parlamentar vou para busca de recursos. E eu tenho experiência nesta área, “modéstia à parte”. Eu quero trabalhar o orçamento da União no que se refere à saúde, à educação, ao saneamento, à moradia, enfim, as áreas, a infraestrutura hídrica, de estradas, rodovias de interligação de regiões.”, pontua o candidato.

O candidato apontou também que as riquezas minerais, hídricas e geográficas do Piauí são características fundamentais tanto para o Piauí ter o devido respeito frente aos outros Estados, como para seu desenvolvimento.

“Nós vamos mostrar as nossas potencialidades, as oportunidades de negócios que nós temos aqui, a posição locacional geográfica do estado do Piauí, – inclusive somos um dos poucos estados, cuja capital é no interior -, então nós temos vantagens comparativas em relação aos outros estados da federação”, frisou.

Confira a entrevista na íntegra:

Publicidade

01. Quais suas propostas para esta campanha e baseado em que o senhor as escolheu?

As propostas que envolvem os interesses maiores do Estado, aos entes federais do estado que é o próprio do estado do Piauí, Estado membro da Federação e dos municípios e suas sedes, que são as cidades. Então à luz da experiência que eu tenho da minha vida pública como prefeito da cidade, secretário e várias partes como secretário de planejamento, Desenvolvimento Econômico do Estado e outras instituições federais, isso me deu experiência para armazenar uma série de conhecimentos que vão me permitir exercer o mandato de senador, com o conhecimento profundo da realidade do Estado. Hoje nós temos problemas e eles estão em solução, em andamento, na educação, na saúde, no saneamento, na habitação, enfim, relacionado à vida das pessoas nas comunidades. Então é exatamente em cima das prioridades dos governos federal para os Estados, programas nacionais, e do governo estadual do Piauí que vamos segmentar a nossa atuação sem jamais esquecer de ouvir as pessoas. Por exemplo, na área da educação nós temos que conversar com que faz a educação: os professores, os pedagogos; a mesma coisa na área da saúde, nós temos que ouvir os operadores da saúde: os médicos, enfermeiros, dentista, fisioterapeuta, nutricionistas, o fonoaudiólogo; enfim, todas as pessoas que atuam naquela área. Ou seja, ouvir a sociedade no que se refere a determinados problemas, são as prioridades maiores do Estado. E uma delas hoje, é a questão que tá relacionada às atividades econômicas, que são através dela que são gerados os empregos e as oportunidades de trabalho para a juventude que sai das universidades, sai das escolas técnicas e mesmo, aqueles que chegam ao mercado de trabalho com vontade de trabalhar.

02. Muito se fala que o Piauí não é respeitado no cenário político federal, caso o senhor seja eleito que fará para que o Estado obtenha o devido respeito?

Bom, eu da minha vida pública, aliás, como servidor público, todo foi dedicado a essas questões relacionadas aos desequilíbrios entre estados, entre regiões; trabalhei na Sudene. A nossa preocupação era exatamente no sentido de reduzir os desníveis entre as regiões e as pessoas. Então se refere a mostrar essa imagem do Estado, do contexto da nação, nós temos que levantar essa questão do desenvolvimento. Somos um Estado potencialmente rico, o estado do Piauí, desde os recursos naturais em termo de solo. Nós temos o privilégio de ter o serrado, nós temos privilégio de ter vales úmidos, de ter o segundo maior rio do Nordeste, de ter os recursos minerais abundantes, enfim, temos todas as condições de nos desenvolver, de desenvolver mais. O Piauí sempre esteve antes em penúltimo lugar no contexto dos Estados do Brasil. É exatamente isso, nós vamos mostrar as nossas potencialidades, as oportunidades de negócios que nós temos aqui, a posição locacional geográfica do estado do Piauí, – inclusive somos um dos poucos estados, cuja capital é do interior -, então nós temos vantagens comparativas em relação aos outros estados da federação. Creio que vamos ter todas as condições, em conjunto com a própria sociedade. Nem o deputado, nem o senador, nem o governador faz nada só. Temos que ter o poder de sensibilização e de mobilizar a sociedade dos agentes econômicos e dos agentes políticos do processo de transformação e mudança e é isso que vamos propor.

03. Para o senhor, quais as principais carências do estado hoje e o que fazer para supri-las?

As carências são várias, mas a fundamental é a capacidade de investimentos. Ou seja, de receitas próprias que cubram as despesas de custeio da máquina administrativa e haja um superávit para fazer os investimentos necessários. Então isso é uma limitação, não só com relação à área social totalmente dita, que envolve a educação, a saúde, assistência social; sobretudo aquela carência de recursos, de capital, para investimento de infraestrutura como estradas, energia. Enfim, com uma serie de investimentos necessários para alavancar o processo do desenvolvimento. São muitas as carências. Nós temos que discutir com a sociedade, com as universidades, com as instituições de pesquisa, com os agentes econômicos do estado do Piauí, as grandes alternativas. O governo nem sempre sabe o caminho sozinho. As universidades estão aí, são centros de gerador de conhecimentos, de inovação, sobre tudo tecnológico que tem que estar a serviço não só do Estado, mas da própria comunidade, daqueles que fazem o Estado fluir.

Publicidade

04. Se eleito, o que senhor pretende fazer para empenhar recursos para o Piauí?

Primeira coisa, nós temos uma cultura da emenda parlamentar. É uma cultura dos políticos de todos os níveis, do nível do município, do nível do estado, da própria união. Não é possível trabalharmos grandes projetos, trabalhando apenas em emendas. Emendas, o próprio nome já diz: você tem um grande projeto, um valor x, não concluiu com valor o estabelecido, então você emenda o orçamento para complementar os recursos necessários para conclusão daquele projeto. Que é que nós pretendemos? Eu principalmente pela experiência que eu tenho, armazenada em área pública, – especialmente com relação a essa captação de recursos, não só no Banco Nacional, mas no Banco Mundial, Banco Interamericano, do Desenvolvimento Econômico e outras agências econômicas internacionais -, trabalhar o orçamento da União, se os grandes programas nacionais constam com o orçamento, na atuação parlamentar vou para busca de recursos. E eu tenho experiência nesta área, modesta à parte. Eu quero trabalhar o orçamento da União no que se refere à saúde, à educação, ao saneamento, à moradia, enfim, as áreas, a infraestrutura hídrica, de estradas, rodovias de interligação de regiões. Desta forma trabalhar o orçamento da União e isso se faz durante todo ano, sobretudo naquela fase de elaboração dos orçamentos anuais que é o primeiro semestre, quando o governo consolida toda sua proposta orçamentária, encaminha para a Câmara, para o Congresso Nacional e até aprovação. Então, eu vou forjar exatamente no meu trabalho, em cima do orçamento geral da União e também de órgãos setoriais, se refere à energia, hidrovia. Enfim, áreas específicas para um desenvolvimento econômico, social e bem estar do estado do Piauí.

05. Quais serão as áreas de prioridades no destinamento de emendas para o estado?

Veja, o governo, todo governo estadual tem seus programas de governo, as metas de governo, os objetivos e as diretrizes. Um parlamentar que quer ser um deputado federal, um senador da República tem que trabalhar lincado com os grandes projetos do âmbito do Estado, bem como os grandes projetos nacionais, que se aplicam às regiões dos Estados. Então isso é que me leva inclusive, me permita dizer, a essa disputa de senador, pela experiência que nós temos ao longo de nossa vida. As prioridades têm que está em sintonia, sobretudo, com as aspirações das pessoas. Quando nós fomos prefeito de Teresina, eu sempre dizia: quem conhece os problemas de uma vila é quem mora na vila. As pessoas daquela vila, daquela comunidade sabem as prioridades, o que é mais importante, se é um asfalto, um calçamento, uma escola, uma creche, uma passagem molhada. Nós temos que ouvir a sociedade, não podemos fazer nada sem ouví-la; quais os seus desejos, quais suas necessidades, suas aspirações. Nós devemos, como parlamentar, ter essa humildade. Ele tem a sua consciência, tem sua formação, mas tem que ter a humildade de ouvir a comunidade.

06. Quais os projetos que o senhor tem em mente para o crescimento econômico do estado?

Eu falei no início, as grandes oportunidades da riqueza dos recursos, os recursos naturais do estado do Piauí em termo de sol, de água, mas uma coisa importante não é somente tão somente os recursos naturais, mas sim o grau de cultura e conhecimento do povo que vive sobre esses recursos naturais. Daí a importância da educação, da ciência e da tecnologia. Então é isso que nós temos que estar sempre alinhados a esse processo. Então é exatamente em cima disso que nós pretendemos fazer a nossa atuação como senador da República.

Publicidade

07. Caso seja eleito, o senhor acredita que as alianças feitas durante o período eleitoral podem vi a se tornar um entrave durante seu mandato, em trabalho pela população piauiense?

Não, creio que não. Cada eleição é uma eleição. E depois dos resultados de uma eleição, seja governador eleito, senador eleito, deputado estadual e federal eleito, ele passa a ser o governador de todos, o senador de todos, o deputado de todos. Meu entendimento de interesse comum, interesse coletivo, sobrepõe a qualquer problema de natureza político partidária. Então eu creio que esses aspectos relacionados às questões partidárias, políticas e as disputas eleitorais, têm que passar uma borracha em cima de tudo isso. Nós temos que ver o interesse coletivo, o interesse maior do Estado. O Estado como instituição é sobretudo dos seus habitantes, da coletividade, das pessoas. E você ser gestor público, sendo prefeito, governador, parlamentar, é cuidar de gente, cuidar das pessoas, de como as pessoas vivem. Então esse será meu foco e será a minha preocupação com o bem comum, com o bem estar das pessoas. E trabalhando sempre para melhor as condições de vida e, sobretudo daquelas pessoas que mais precisam da ação do poder público.

Fonte: Portal AZ

Publicidade

Facebook

MAIS ACESSADAS