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POLÍTICA

Presidente do Conselho de Ética aceita denúncia contra seis senadoras

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O presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), admitiu, nesta quarta-feira (12), a denúncia em desfavor das seis senadoras que na última terça-feira (11) ocuparam a Mesa do Plenário durante a sessão em que foi votada a reforma trabalhista.

O documento, protocolado na terça-feira pelo senador José Medeiros (PSD-MT) e mais 14 senadores, pede a abertura de processo disciplinar contra as senadoras Angela Portela (PDT-RR), Fátima Bezerra (PT-RN), Lídice da Mata (PSB-BA), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Regina Sousa (PT-PI).

Segundo o senador João Alberto Souza, há indícios de quebra de decoro e o colegiado deve analisar o caso. Na próxima reunião do conselho, deverá ser sorteado o relator que analisará a Denúncia nº 1/2017. O relator deverá notificar as senadoras, que terão cinco dias úteis para apresentarem sua defesa. O relator, então, irá preparar o seu relatório, sem um prazo determinado. Após a análise do relatório, o conselho delibera sobre o caso.

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Senadoras ocuparam a mesa diretora e tentaram impedia votação da reforma trabalhista.

O senador João Alberto disse que o ato das senadoras foi antidemocrático e aconteceu à vista de todos. Ele acrescentou que no caso do senador Aécio Neves não encontrou provas e, por isso, rejeitou a representação. João Alberto disse ainda que o conselho é soberano e pode decidir não acolher a denúncia.

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“Os fatos foram à vista de todos e foi uma situação inusitada. Estavam, se não me falha a memória, 79 senadores assistindo àquele quadro horrível de quebra de ética e decoro parlamentar em pleno Plenário do Senado Federal. Assim sendo, eu tive que acolher a denúncia e estou fazendo as tratativas para encontrar um dia propício para a reunião do conselho” – disse.

João Alberto informou que que assim que o Conselho de Ética se reunir será eleito um relator para a denúncia, sendo possível que, na mesma oportunidade, o conselho decida não aceitar a denúncia. Ele afirmou que aceitou a denúncia porque “não tinha outra saída diante dos fatos”.

João Alberto disse que gostaria de reunir o Conselho de Ética antes do recesso parlamentar, mas não sabe se será possível. A data permanece indefinida.

As penas cabíveis para a denúncia são advertência e censura (verbal ou escrita). Mas o Conselho de Ética pode entender que a acusação é mais grave do que uma denúncia e encaminhar a questão à Mesa para convertê-la em representação. No caso de representação, as penas podem ser a perda temporária do exercício do mandato ou a perda do mandato.

Fonte: Agência Senado

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