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POLÍTICA

Zé Filho diz que quer extinção da Fundespi e privatização da Eletrobras

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O governador Zé Filho, candidato a reeleição pelo PMDB no Piauí, foi o quarto entrevistado na série especial do G1 nesta quinta-feira (28). Na entrevista, Zé Filho disse que, caso seja reeleito, pretende reduzir o número de secretarias e extinguir a Fundação de Esportes do Piauí (Fundespi) para criar uma única pasta que comporte a atual Coordenadoria da Juventude, esporte e Fundação Cultural do Piaui (Fundac).

“Vamos diminuir as secretarias. Não justifica ter coordenadorias com status de secretaria para não funcionar e queremos dar solução para isso”, disse.

Zé Filho também foi questionado sobre algumas obras paradas no estado como o Ginásio Verdão e Vila Olímpica em Parnaíba, que foi dada como irregular pelo Tribunal de Contas da União em razão de prejuízos aos cofres públicos. O governador afirmou que os trabalhos no Verdão não estão parados e garantiu a entrega para novembro. Já em relação à Vila Olímpica, Zé Filho disse que “está tentando desenrolar para dar continuidade”.

“As obras no Verdão estão em andamento e estamos fazendo a licitação para compra de placar, refletores, cadeiras, elevadores para deficientes. Também estamos elaborando um projeto de lei que será encaminhado à Assembleia Legislativa de incentivo ao esporte com um fundo específico com recursos do estado, do ICMS, tanto para o esporte profissional quanto amador”, explicou.

Eletrobras
O candidato à reeleição defendeu a privatização da Eletrobras Piauí, empresa responsável pela distribuição de energia no estado. No último ranking divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Eletrobras ocupava a 8 posição entre as empresas com pior qualidade.

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“Só resolve se houver mais investimentos ou a privatização. Sou a favor da privatização. No Maranhão se tem uma das melhores energias do país e lá foi privatizado. Nós estamos perdendo indústrias, estamos perdendo investimentos e o prejuízo é gigantesco da forma como está. Ou se tem uma solução, ou vamos continuar perdendo até recursos do próprio estado porque a empresa recolhe o ICMS e não repassa, às vezes temos que entrar na justiça para receber o imposto”, disse.

Rompimento com Dilma
Zé Filho também falou do polêmico rompimento com a presidente Dilma Roussef e apoio ao tucano Aécio Neves no Piauí. Militante do partido do vice-presidente da República, Michel Temer, o peemedebista declarou que Dilma não cumpriu acordos feitos antes do início da campanha e que por isso ele não teria discurso para pedir voto para a candidata do PT.

“Fui muito claro com a presidenta Dilma quando ela esteve aqui e falei que queria duas coisas dela antes de começar o período eleitoral que era uma solução para o problema da Eletrobras e ainda uma definição para o Porto de Luís Correia. Como nada foi resolvido falei ao Michel Temer em Brasília que infeslizmente não teria discurso para defender ela no estado e nem pedir voto”.

Escolas de tempo integral
O candidato disse que caso seja reeleito irá duplicar o número já existente de escolas de tempo integral. Para ele, o projeto pedagógico que previsto nessa modalidade de ensino é a grande saída para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

“Tudo é uma questão que passa pela gestão eficiente e investimento para se ter um bom resultado”, resumiu.

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Durante 30 minutos, Zé Filho respondeu a perguntas de internautas e do portal, em entrevista conduzida pelo jornalista Marcos Teixeira, da TV Clube. A ordem dos candidatos na série de entrevistas (veja ao final desta reportagem) foi definida por sorteio na presença de representantes dos partidos de todos os candidatos.

Segurança
Sobrinho de Mão Santa, ex-governador e que também está na disputa ocupando a terceira colocação nas pesquisas de intenção de voto e tendo ainda o senador Wellington Dias (PT) como mais forte aliado, Zé Filho criticou as administrações passadas e disse que não houve investimento efetivo na segurança. O governador reconheceu a defasagem no número de policiais e disse que ao invés de 6 mil deveria contar com pelo menos 12 mil militares.

“Queremos recuperar esse tempo perdido. No nosso plano de governo está previsto que ao longo dos quatro anos de governo a gente faça concurso para 3 mil policiais. No entanto, a questão da segurança tem várias nuances, não é só a repressão. O governo federal tem muito culpa nisso. Hoje o número de crimes está relacionado ao tráfico de drogas e o governo federal não tem um plano nacional contra o tráfico que era quem deveria coibir a entrada de armas e drogas no país. Vamos dar a oportunidade de trabalho, profissionalizar os jovens para não entrem na marginalidade, fazer um trabalho social com educação e oferecer vida decente para as famílias mais carentes”.

Lei de Responsabilidade Fiscal
Zé Filho também foi questionado sobre o fato do estado ter atingido o limite prudencial de gastos com pessoal. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) chegou a pedir a anulação de 680 nomeações de servidores em cargos de comissão ou função de confiança feitas nos últimos cinco meses. O governador reconheceu que o estado ultrapassou o limite, mas que a folha de pessoal foi reduzida.

“É uma questão de orçamentária e não financeira. Fizemos um ajuste e conseguimos baixar. Acontece que o nosso Fundo de Participação do Estado não consegue acompanhar a inflação. Tínhamos no ano passado o CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de gasolina) e não temos mais porque o governo federal tirou e só isso representava em torno de R$ 50 milhões da receita. Tirando isso as despesas aumentam, mas isso não vai incorrer no atraso de salários”, garantiu.

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O governador também disse que já está na Assembleia Legislativa vários projetos de Planos de Cargos e Salários que estão sendo discutidos, mas que serão “apreciados com responsabilidade”.

Fonte: G1

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