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Deputados criticam benefícios de usina eólica

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A promessa de que os bons ventos soprem na economia piauiense com a construção das usinas eólicas pode significar mais uma vez a apenas o oferecimento das potencialidades do Estado para as empresas privadas que pouco deixam para a população. A preocupação foi apontada pelo deputado estadual Rubem Martins (PSB), que questiona o fato das empresas privadas comprarem a energia e o ICMS não ficar no Piauí.

Segundo Martins, os investimentos são importantes, mas é preciso pensar no que acontece com a população. Na região da Serra do Araripe, por exemplo, atualmente são 3 mil pessoas trabalhando. No entanto, quando a obra findar, ficarão aproximadamente 300 empregos. Rubem promete levar esta questão para ser discutida no Senado Federal.

Para Rubem Martins, além do ICMS ser cobrado apenas nas regiões consumidoras da energia, há também a preocupação dos agricultores piauienses em cujas propriedades são instaladas torres de captação dos ventos.

Foto: Arquivo O Dia


Dr. Hélio frisa que a iniciativa privada precisa fazer sua parte, já que o Governo faz a sua

Atualmente a única garantia que a população possui é a do arrendamento de suas terras, que podem variar entre R$ 1.500,00 e R$ 2.200,00 a depender de quantos aerogeradores possuem sua propriedade. As limitações de uso do território por parte da população tradicional presente no local, ao contrário, são maiores.

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Os resultados deste tipo de desenvolvimento que é trazido para o Piauí tem demonstrado que não envolve a população. Quando muito, envolve retirando-a do caminho, em nome das empresas privadas; É o que tem sido demonstrado pela população tradicional da região da praia de Pedra do Sal, em Parnaíba, onde há uma série de mobilizações em defesa do território.

De acordo com a presidente da associação de moradores da região, Norma Sueli, o território foi completamente modificado e o uso dos bens naturais está bastante limitado. Artesã, Norma conta que nem o murici, usado para o artesanato, e nem o acesso aos cajueiros usados como produto de subsistência, podem mais ser acessados, uma vez que as usinas são cercadas. A população também se queixa de que as lagoas locais estão sumindo e o fluxo de pessoas, sobretudo de carro, tem modificado o território.

 

 

Por: Sarah Fontenelle – Jornal O Dia

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