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Estupro Castelo do Piauí: defensoria diz que os três menores são inocentes

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O defensor público Gerson Henrique, responsável pela defesa dos menores acusados de serem autores do estupro coletivo em Castelo do Piauí, distante cerca de 190 Km de Teresina, disse em entrevista ao O Olho que formulou um pedido ao Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) alegando a inocência dos menores I.V.I de 15 anos, B.F.O de 15 anos e J.S.R. de 16 anos, submetidos a 24 anos de internação pelos crimes.

De acordo com o defensor, os crimes contra as quatro adolescentes em Castelo foram cometidos apenas pelo maior de idade, Adão José de Sousa, preso temporariamente na penitenciária de Altos, e o menor Gleison Vieira da Silva, de 17 anos, morto em uma cela do Centro Educacional Masculino (CEM) de Teresina.

“O entendimento da defensoria é de que os três menores não possuem participação nos crimes. O adolescente morto no CEM e o maior de idade Adão é quem foram os responsáveis. Já encaminhamos nosso pedido de absolvição ao Tribunal de Justiça e aguardamos a decisão da Câmara Criminal”, esclareceu.

Por outro lado, o promotor de Justiça Cesário Cavalcante, que acompanha o caso desde os primeiros procedimentos, informou ao O Olho que todos os adolescentes e Adão José de Sousa tiveram participação efetiva nos crimes. Em sua fala, o promotor contestou as declarações da defensoria.

“Também já encaminhei minhas razões ao Tribunal de Justiça e o que pedi foi que se mantenha a decisão do juiz Leonardo Brasileiro. Temos todas as provas possíveis que apontam a participação de todos eles. Os exames feitos em Recife e os laudos da Polícia Civil deixam isso bem claro”, ressaltou.

MENORES CONTINUAM APREENDIDOS
Os três menores continuam apreendidos e reclusos no Complexo da Cidadania, em Teresina. Eles foram submetidos a uma internação de 24 anos de medidas socioeducativas, mas o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) permite que seja cumprido no máximo 3 anos de internação.

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Os adolescentes ainda serão julgados em um novo caso, o que investiga a morte do adolescentes Gleison Vieira da Silva, que de acordo com a delegada Thaís Paz, titular da Delegacia do Menor Infrator, assumiram em depoimento que foram os responsáveis pela morte dentro do CEM.

ADÃO SEGUE SEM DEFESA
Já o maior Adão José de Sousa continua sem defensor público. Se condenado pelos crimes de homicídio, três tentativas de homicídios e quatro estupros, o acusado poderá pegar 151 anos de prisão. Além disso, o acusado será julgado em um outro inquérito que investiga a tentativa de homicídio contra a gerente de um posto de combustível em Castelo do Piauí poucos dias antes do estupro coletivo.

 

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