Rede Globo exibe série de reportagens e destaca a Serra da Capivara

O programa ‘Como Será’ da Rede Globo, apresentado pela jornalista Sandra Anneberg destacou em sua edição deste sábado (12/09) as belezas naturais e a história do Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado em São Raimundo Nonato, município distante 530 Km de Teresina e ao Sudeste do Piauí.

 

A reportagem foi feita por Alexandre Henderson, que veio até o Estado e produziu quatro matérias, cada uma com um tempo médio de oito minutos de duração. De acordo com a reportagem, o local é o berço para o entendimento sobre a chegada do homem nas Américas.

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“Aqui foram encontrados vestígios da presença humana que datam mais de 50 mil anos. O público tem acesso a 22 sítios arqueológicos e é um mergulho para o entendimento da história”, destaca.

 

Alexandre conversou com a arqueóloga Niède Guidon, coordenadora do Parque e uma das precursoras das escavações no local. Ela relata que chegou ao Piauí ainda na década de 70 e que desde então passou a considerar o Parque como sua nova casa.

“Trabalhava no museu do Ipiranga, em São Paulo e organizamos uma exposição. Uma pessoa foi visitar e pediu para falar com a responsável. Ele mostrou uma fotos da região e isso despertou meu interesse”, ressalta.

Ela lembra ainda que as primeiras amostras colhidas na região foram levadas para Paris, na França e lá os historiadores e pesquisadores dataram de aproximadamente 20 mil anos. Por outro lado, havia a Teoria do Povo de Clóvis, que dizia que os primeiros habitantes da América teriam chegado por volta de 10 e 14 mil anos. Foi então que Niéde percebeu que se tratava de um material inédito e que recontava a história da ocupação humana na América.

 

“A partir das pesquisas dela se elaborou a teoria do Homem Americano. Essa teoria revela que os primeiros homens vieram diretamente da África para o Nordeste do Brasil há cerca de 100 mil anos”, contou Alexandre.

A historiadora revelou ainda que o Parque é a única fonte de renda na região. O turismo contribuiu e emprega muitos cidadãos locais. “Precisamos de recursos para manter o turismo e precisamos do aeroporto para receber os turistas”, finalizou Niède.

 

O Olho