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Acusado de matar policial militar em Paquetá do Piauí é condenado a mais 30 anos de prisão

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O réu Wagner Bezerra Lima foi condenando a 30 anos e 30 dias de reclusão em regime fechado nesta quinta-feira, 11 de março, pelo homicídio triplamente qualificado do policial militar Daniel Marcos Ferreira da Silva. O crime aconteceu na manhã do dia 11 de maio de 2017, dentro do Grupamento de Polícia Militar de Paquetá do Piauí.

Antes da condenação, o julgamento do réu já havia sido adiado duas vezes, sendo que, a primeira data foi o dia 9 de dezembro de 2021, mas, diante da renúncia dos advogados do réu, a Defensoria Pública assumiu a defesa de Wagner e o defensor responsável pelo caso alegou que não houve tempo suficiente para conhecer o processo. A segunda data foi marcada para o dia 3 de fevereiro, porém, foi remarcada novamente para o dia de ontem, 10 de março.

Wagner foi julgado em júri popular e a sentença foi dada pela juíza de direito da 5ª Vara da Comarca de Picos, Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho.

O réu era acusado de homicídio triplamente qualificado, furto da arma do policial, além de porte ilegal de arma de fogo. A pena do réu foi somada da seguinte forma: pelo homicídio a pena fixada foi acima da base legal, sendo então, 25 anos, 01 mês e 15 dias; pelo furto da arma, Wagner deve cumprir a pena de 01 ano e 09 meses e pelo porte ilegal de arma de fogo, o réu foi condenado a 03 anos, 02 meses e 15 dias. Ao todo, a pena aplicada foi de 30 anos e 01 mês de reclusão.

Na ocasião, o promotor Francisco Santiago Júnior atuou como representante do Ministerio Público, junto com o advogado de acusação Pedro Marinho. A defesa foi feita pela Defensoria Pública.

De acordo com a viúva da vítima, Miguelisa, o resultado do julgamento é satisfatório. Ela ainda relatou a dor da família e que eles (familiares) precisavam da decisão para fechar o ciclo.

“A gente sabe que não irá trazer ele de volta, mas para gente é um ciclo que precisávamos fechar. É muito difícil, foi uma fase complicada, pois foi adiado duas vezes e cada vez que isso acontece, é como se estivéssemos vivendo tudo novamente. Eu fiquei satisfeita, é lógico que é muito pouco para uma vida, se formos avaliar diferente, sabemos que uma vida vale muito mais que esse resultado. Mas fiquei satisfeita, pois vi o empenho do promotor e dos nossos advogados. Eu fechei esse ciclo e, a partir de hoje, entrego nas mãos de Deus”, afirmou.

Para o advogado de acusação, Pedro Marinho, foi uma pena adequada dentro do imposto pelas leis. “Dentro do que passou, a família sempre quer mais, mas dentro dos limites da lei foi uma pena adequada. Todas as teses da acusação foram emplacadas, os jurados atenderam, e no geral o sentimento da família é de satisfação, pois encerra um capítulo e ficamos bem safisfeitos de finalmente ter um mínimo de alívio com uma resposta da justiça, da sociedade”, pontuou.

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Advogado Pedro Marinho

A equipe de reportagem do Portal Cidades na Net tentou contato com o defensor público responsável pelo caso, mas, o mesmo não quis se pronunciar e afirmou que ainda vai conversar com o réu para saber se irá recorrer ou não.

O crime

O crime ocorreu no dia 11 de maio de 2017, por volta das 10h, dentro do Grupamento da Polícia Militar da cidade de Paquetá. No dia do ocorrido, o cabo Daniel, que estava de serviço, foi acionado por populares que relataram a presença de um homem estranho na cidade. O militar foi até o local indicado, localizou o homem, identificado por Wagner, e o conduziu até o Grupamento.

Antes de ser revistado, Wagner foi deixado em uma sala do Grupamento da PM. O cabo Daniel, ao retornar até a sala onde estava o suspeito, foi surpreendido por vários tiros disparados por Wagner, que usou uma arma de fogo que portava, um revólver calibre 32.

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