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Após período chuvoso, seis barragens continuam sangrando no Piauí

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O Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi) divulgou, nesta segunda-feira (20), que após o período chuvoso seis barragens já atingiram o volume máximo e estão sangrando, enquanto outras nove estão em estado de alerta, mas não há riscos de enchentes com relação ao nível de água nas barragens.

As barragens geridas pelo Idepi asseguram um importante suprimento de água para a população e recebem investimentos significativos para a manutenção. 

Os reservatórios que ainda estão sangrando segundo apontamento do Idepi são: Pedra Redonda (Conceição do Canindé), Mesa de Pedra (Valença), Corredores (Campo Maior), Emparedado (Campo Maior), Piracuruca (Piracuruca) e Bezerro (José de Freitas).

Segundo o diretor-geral do Idepi, Felipe Eulálio, os resultados são fundamentais para assegurar o abastecimento de água para a população. “As barragens são peças-chave na garantia da segurança hídrica do Estado. Com reservatórios em boas condições e com boa quantidade de água armazenada, podemos enfrentar os períodos de estiagem com mais tranquilidade. Temos seis reservatórios que continuam sangrando, neste fim de período chuvoso. Hoje, os 15 reservatórios estão acumulando 1 bilhão e 500 milhões de metros cúbicos de água, quantidade que vai garantir o fornecimento para o consumo humano e animal, além de práticas econômicas, como piscicultura e agricultura irrigada.”, destaca.

Foto: Reprodução

Barragens geridas pelo Idepi asseguram abastecimento hídrico e recebem investimentos significativos. Eulálio ressalta ainda a importância dos investimentos em manutenção. “Estamos destinando um valor significativo, cerca de R$ 22 milhões para manutenção de barragens, para garantir que elas permaneçam em bom estado de conservação e funcionamento. Essa medida preventiva é essencial para evitar problemas futuros e garantir a segurança da população”, afirma.

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A manutenção garantirá que as barragens do Idepi continuem a desempenhar seu papel na segurança hídrica do Piauí e as obras devem ter início ainda no primeiro semestre deste ano. “As obras de manutenção serão feitas em todas as 15 barragens sob responsabilidade do Idepi e devem iniciar em junho. Além disso, ainda estamos construindo a barragem de Atalaia e, em processo de gestão com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), a continuidade da Barragem Tinguís. E estamos no processo licitatório para construção de Nova Algodões”, concluiu Eulálio.

Antecipação do período de “B-R-Ó BRÓ”

Em entrevista ao portal O Dia, o climatologista Werton Costa explica os motivos das ocorrências de chuvas esporádicas são características do final da temporada. “Chuvas esporádicas são bastante comuns no final de temporada. O mês de maio, por exemplo, é chamado de mês pós-estacional. É justamente quando o período chuvoso começa a se despedir, porque tem uma migração chamada “corredor de umidade”, que é a Zona de Convergência Intertropical. Quando a ZCIT, migra para o hemisfério, ela leva a umidade constantemente. Naturalmente, essa umidade, ou essa chuva, vai reduzindo em boa parte do estado do Piauí, ficando de forma pontual na região norte.”, explica o climatologista.

Assis Fernandes / O DIA

O climatologista comenta sobre as condições climáticas e suas implicações sobre o risco de enchente e a sua relação com barragens. “Como estamos nesse período de final de temporada, há zero risco de enchentes. É claro que o sistema de proteção e defesa civil está sempre em alerta e constantemente fazendo seu planejamento. Estamos bastante atentos para o próximo período chuvoso, que deve se iniciar também de forma antecipada a partir da segunda quinzena de outubro. Nesse caso, a defesa civil deve aumentar o seu monitoramento sobre os reservatórios, sobre as barragens. Isso vai constar nos nossos planos de contingência.”

Costa explica ainda que, com a transição climática do El Niño para a fase neutra e posteriormente para a La Niña, há uma tendência de temperaturas mais elevadas.

“Como ainda estamos na transição também do El Niño para a fase neutra e da fase neutra para a La Niña, que é outro fenômeno, há uma tendência muito grande das temperaturas serem majoradas. Nós teremos temperaturas mais elevadas, isso irá forçar uma antecipação do período de “B-R-Ó BRÓ”, que deve acontecer ali já no final de julho para início de agosto. Com isso, há uma tendência muito clara de antecipação das temperaturas mais elevadas em função desse componente climático, que é a passagem da fase neutra para a fase de La Niña, de forma antecipada. E isso faz com que o ar se torne mais seco, o céu com poucas nuvens, facilitando a concentração da temperatura.”, comenta Werton Costa. 

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Fonte: Portal O Dia

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