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Cabeleireira vive o primeiro Dia das Mães após adotar três irmãos no Piauí: ‘quero aproveitar cada minutinho’

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A cabelereira Maria Elizete Sousa vive o primeiro dia das mães neste domingo (8). Natural de Capitão de Campos, no Norte do Piauí, ela mora em São Paulo há 26 anos, mas há sete meses voltou ao estado natal para buscar os três filhos, irmãos piauienses que foram adotados por ela e o marido.

Hoje a família vive uma nova rotina, no interior de São Paulo. A cabelereira contou ao g1 que está com marido há 17 anos e a decisão de entrar na fila para adoção aconteceu no início de 2017, por sugestão dele.

A ideia veio após Maria Elizete passar por uma série de cirurgias e sofrimento causados por um problema grave de endometriose, que impossibilitou seu sonho de ser gerar um filho, mas que, graças à sugestão do marido, não a impediu de ser mãe.

Maria Elizete e os três filhos durante passeio em São Paulo — Foto: Reprodução Pessoal

Maria Elizete e os três filhos durante passeio em São Paulo — Foto: Reprodução Pessoal

Ela, que se considerava uma pessoa avessa a surpresas, agora aguarda o que os filhos e o marido estão preparando para comemorar o primeiro dia das mães com a família completa.

“Falei pra eles que quero seja tudo surpresa. Na verdade é uma ironia da minha parte, porque detesto, ou melhor, detestava surpresas, tudo era planejado entre nós dois. Mas desta vez quero ser surpreendida, quero sentir todas as emoções possíveis. Está tudo nas mãos deles”, contou Elizete.

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Sobre a nova rotina em família, a cabelereira disse que agora faz o acompanhamento escolar das duas meninas, de cinco e sete anos, que estão no Jardim II e 2º ano do fundamental.https://110f56e0fa02e514075dcdbaa085ffaa.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Elizete contou emocionada sobre a primeira reunião de pais na escola em que participou e que sentiu orgulho ao saber que a filha está se adaptando bem ao ambiente escolar.

“Foi uma emoção só, como se fosse o meu primeiro dia de aula. Eu estava eufórica, prestando atenção em cada detalhe da sala, observando. Era tudo novo pra mim. Imagina o orgulho de ouvir que está caminhando tudo bem, dentro do esperado” , lembrou.

‘Desconstruir para recomeçar’

Elizete e a filha mais velha durante primeiro encontro em Teresina — Foto: Reprodução Pessoal

Elizete e a filha mais velha durante primeiro encontro em Teresina — Foto: Reprodução Pessoal

A mãe ainda conta das dificuldades encontradas pelo caminho, e da persistência em superar as divergências diárias.

Segundo Elizete, durante o todo processo de adoção, a família foi informada de todas possíveis dificuldades que apareceriam ao longo do tempo com os três filhos, até pelas lembranças e marcas do passado que viveram.

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“Tudo isso leva tempo para amenizar e desconstruir para recomeçar. Muita paciência, essa tem sido a palavra para essa fase. Cada um demostra do seu jeito como estão absorvendo as mudanças”, declarou.

A cabelereira relatou que a família tem vivido fortes emoções e sentimentos no dia a dia, que os três filhos são bem diferentes entre eles, mas que são amorosos e carinhosos na mesma proporção.

“Tem dias que me desespero na certeza de que não darei conta. Choro mesmo! Mas também há dias de tanta alegria, até dói, e tudo o que achamos ser difícil se dissipa e nos preenche, nos renova”, contou a mãe.

“O dia a dia de uma mãe que se dedica integralmente aos seus filhos é puxado, mas vale a pena. E como mãe, eu quero aproveitar cada minutinho da vida deles”, completou Elizete.

Três irmãos piauienses adotados por família que mora no interior de São Paulo — Foto: Reprodução Pessoal

Três irmãos piauienses adotados por família que mora no interior de São Paulo — Foto: Reprodução Pessoal

Processo de adoção

A cabelereira e o marido ainda esperam pela guarda definitiva dos irmãos, dado que o processo ainda não foi finalizado. A família está passando atualmente por um período de adaptação, que tem não tem um tempo específico determinado.

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Enquanto aguardam o resultado do processo, a família vai construindo os vínculos afetivos. “Eu sou a mãe deles agora, os conheço e vamos solidificando cada vez esse amor juntos”, afirmou Elizete. “Teve um dia que tentei imaginar nossa vida sem eles, mas foi uma dor incomparável até agora, um vazio pra mim. Esse foi o momento específico em que eu soube explicar em palavras esse amor”, completou.

Para ela, não é um documento que vai definir o seu papel como mãe, mas que a finalização do processo dará uma maior segurança para a família. “Embora eu sonhe muito com a guarda definitiva para concretizar tudo isso, eles já são meus, nossos. A genitora não faz mais parte da vida deles, agora existe outra pessoa, mãe que assume esse posto vazio”, pontuou Elizete.

Fonte: G1 Piauí

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