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Cerca de 40 prefeituras do Piauí participaram de esquema de fraudes previdenciárias, diz PF; prejuízo de R$ 50 milhões

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A Polícia Federal informou que cerca de 40 prefeituras do Piauí estavam envolvidas em esquema de fraudes previdenciárias apuradas na operação Grima II. A PF cumpriu nesta quarta-feira (26) 14 mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em Teresina, Fortaleza (CE), Timon (MA), São Luís (MA) e Goiânia (GO).

Conforme o delegado Marco Antônio Nunes Alves, de combate aos crimes fazendários, a PF começou a investigar o crime por um núcleo formado no Piauí, com advogados e agentes públicos, inclusive prefeitos.

A operação é uma ação conjunta entre PF e Ministério Público Federal e os mandados fazem parte da Operação Grima II, que investiga o grupo criminoso, articulado em Teresina, especializado em fraudes de guias de recolhimentos da Previdência. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí.

Como funcionava o esquema

As investigações apontaram corrupção através da celebração de contratos de assessoria jurídica com municípios, com o objetivo de prestar serviços de levantamento de créditos previdenciários passíveis de compensação para fraude nas guias de recolhimento do FGTS e de informações à Previdência Social.

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Conforme o delegado, as fraudes envolviam agentes públicos, incluindo prefeitos, advogados e outras pessoas em fraudes das guias da Previdência Social pelos municípios, para recebimento de compensações.

A investigação indica que esses advogados pediam, de forma irregular, compensação de créditos da Previdência em nome de prefeituras – e recebiam por isso mesmo sem a Receita Federal reconhecer o crédito.

Um dos suspeitos envolvidos teve cinco carros de luxo apreendidos na primeira fase da operação e, nesta segunda etapa, foram encontrados com ele mais seis veículos também de alto valor. O delegado destacou que a renda declarada por ele não era compatível com os bens.

Não foram informadas quais cidades estariam envolvidas no esquema. O delegado informou ainda que em muitos casos o gestor que participou a fraude já não está no mandato. Em alguns casos, segundo o delegado, o prejuízo gerado por apenas uma das prefeituras chegou a R$ 5 milhões.

O grupo articulador das fraudes iniciou em Teresina, mas fraudes semelhantes foram registradas em todos os estados onde houve mandados cumpridos.

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Os envolvidos poderão responder pelos crimes de contratações direcionadas, desvio de recursos públicos, crime contra a ordem tributária, corrupções passiva e ativa, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa.

Fonte: g1 PI

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