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Com salários atrasados, servidores da Saúde e Educação realizam manifestação na Prefeitura de Picos

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Em decorrência de salários atrasados, os servidores lotados nas secretarias de Saúde e Educação de Picos realizaram na manhã desta sexta-feira (12), por volta de 8h30min, uma manifestação em frente ao Palácio Coelho Rodrigues, sede do governo municipal. O ato que reuniu dezenas de trabalhadores foi marcado pelos discursos de revolta e de dificuldades financeiras que as categorias vêm sofrendo em meio ao retardo das remunerações.

Os manifestantes permaneceram acampados no prédio até às 10h00 sem receberem qualquer posicionamento da gestão.

Os servidores da Secretaria de Saúde estão com a remuneração referente a dezembro de 2017 pendente. Somente neste dia 10 último passado foi que a administração efetuou o pagamento do mês de novembro. Já os professores da Secretaria de Educação estão sem receber o pagamento de dezembro do ano passado. A reinvindicação é que o poder público adote uma tabela de pagamento para que os atrasos deixem de ocorrer.

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDSERM) de Picos, explicou que o ato tem por objetivo chamar a atenção da Administração Municipal para a situação de descaso que vive o servidor da Prefeitura de Picos.

“Convocamos as categorias pelos canais de comunicação por conta do atraso de salários da Educação e Saúde. Pagar uma parte não significa dizer que a dívida foi paga. Temos aqui técnicos, agentes de endemias, todos buscando a solução imediata deste problema. Caso não, vamos parar por tempo indeterminado. O Sindicato está nessa luta com o servidor, colocamos de forma firme a posição, o lado do trabalhador. Estamos buscando garantir estes direitos”, afirmou a presidente.

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Edna Moura, presidente do SINDSERM

A técnica de Enfermagem, Luana Benevides, explicou que os atrasos nos pagamentos afetam diretamente o psicológico e o rendimento no trabalho. Segundo ela, a precariedade e a falta de materiais também é um fator condicionante para que o servidor seja cobrado pela população.

“Já estamos sofrendo com estes atrasos há muito tempo. Nós que somos pai de família, mãe de família, precisamos colocar o alimento dentro de casa para os nossos filhos, efetuar os pagamentos de água e de luz, responsabilidades que a gente tem e não espera, nem parcela. Os comerciantes não parcelam em 12 vezes, todo mês você tem que pagar. Já que ele [governo municipal] não tem a responsabilidade de nos pagar, eu tenho responsabilidade de pagar minhas contas em dia. Em nossas funções também somos cobrados pelos usuários devido a falta de materiais, acabamos que deixamos a desejar não por nossa culpa”, afirmou a servidora.

Luana Benevides, servidora

A mesma situação: incerteza para receber o salário, é o que enfrenta o professor que atua há mais de uma década na Secretaria de Educação, Alcebíades de Araújo Silva. Para ele, o ideal para a categoria é que fosse criada uma tabela de pagamento dos servidores e esta deveria ser cumprida.

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“Normalmente a gente recebe até o quinto dia útil do mês, prazo para que o pagamento dos servidores efetivos saia. Há dois meses está acontecendo certo atraso, inclusive o 13° salário. Estamos sendo prejudicados, pagamento de juros por contas em atraso. O ideal seria que existisse uma tabela e esta que fosse respeitada”, disse.

Alcebíades de Araújo Silva, professor

Deliberações

Durante o ato público foi aprovado entre os manifestantes junto ao Sindicato a paralisação dos servidores da Secretaria de Saúde a partir da próxima segunda-feira (15) e esta terá continuidade por tempo indeterminado.

No tocante aos trabalhadores da Educação, estes só retornarão às suas funções com atualização dos pagamentos. Caso contrário, o período letivo poderá ser iniciado com greve.

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Pagamento

Após reunião entre o SINDSERM e a Secretaria de Educação no final da tarde desta quinta-feira (11) alguns professores receberam seus pagamentos. No entanto, a ação não contemplou toda a categoria, o que terminou por revoltar ainda mais os servidores.

Fonte e fotos: Folha Atual

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