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Detran afasta três funcionários presos em operação e instala vistoria eletrônica

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O diretor geral do Detran (Departamento de Trânsito do Piauí), Garcias Guedes, confirmou que os três funcionários presos na operação de hoje (30) serão afastados até a conclusão do inquérito. Em coletiva de imprensa, o diretor geral anunciou que o órgão adotou vistoria eletrônica para coibir as fraudes na documentação de veículos. 

Durante operação Hidra de Lerna, que cumpriu 21 mandados de prisão, três funcionários do Detran foram presos. A Polícia Civil investiga a atuação de uma organização criminosa que falsifica documentos em golpe da venda do “carro fake”. 

Garcias Guedes destacou a implantação de um sistema de vistoria eletrônica, em que segundo ele, fornece mais confiabilidade para quem está comprando ou vendendo um veículo.

Na investigação, o delegado do 13º DP, Odilo Sena, que preside o inquérito, informou que o chefe de vistoria do Detran ganhava até R$ 5 mil por dia em propina.

“Por conta disso, a gente mudou diversas portas, a gente implantou a vistoria eletrônica, já está uma maior confiabilidade em quem está adquirindo ou vendendo veículo, até também para os bancos, então há presença da vistoria eletrônica já é mais uma formalidade para poder conseguir liberar o financiamento de um veículo”, explica.

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Operação Hidra de Lerna

Ainda de acordo com o diretor do Detran-PI, a primeira suspeita de irregularidade na emissão de nota fiscal, que deu origem às investigações, foi costada no setor de registro e licenciamento do órgão e após algumas verificações, o caso foi repassado à Polícia Civil

“O setor de registro e licenciamento observou uma certa incongruência na nota fiscal, automaticamente notificou a Procuradoria Jurídica do Detran que diligentemente encaminhou esse indício para a Secretária de Fazenda e a Secretária de Fazenda emitiu um relatório informando indícios de irregularidade e automaticamente a Procuradoria encaminhou isso para a delegacia para apura. A gente já tinha o conhecimento de uma ação criminal desde 2016 que foi ajuizada em face de uma despachante. A gente voltou isso, apresentou a documentação e encaminhou para a delegacia sem saber se tinha alguma relação. E com esse levantamento foi apurado realmente que havia irregularidades e isso foi a ponta do iceberg”, disse.

O delegado Odilo Sena, titular do 13º DP e responsável pelo inquérito informou que as investigações contra o esquema criminoso tiveram início em março do ano passado, após a Procuradoria Jurídica do Detran encaminhar informações e documentos sobre uma suspeita de fraudes na confecção de documentos de veículos, que muitas vezes sequer existiam

Caso isolado

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Garcias Guedes ressaltou que o caso foi isolado e que o Detran contribui e segue ajudando nas investigações policiais.

Isso é uma questão nacional, envolve empresários, envolve diversas pessoas, foi apontado a presença de servidores do órgão, mas deixando bem claro que isso é um caso isolado, servidores do Detran trabalham diligentemente em todas as ações. Durante ao longo desse tempo a gente sempre colaborou na apresentação de documentos, a gente sempre estava em comunicação com a Delegacia Geral, apesar do inquérito ser sigiloso, e vamos falar com o delegado para poder ver no que gente pode atuar no sentido de colaborar mais ainda”, ressalta.

Fonte: Cidade Verde

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