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Duas tias indiciadas pela morte de bebê em ritual no Piauí são soltas pela Justiça

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A Justiça concedeu liberdade a duas tias suspeitas de envolvimento na morte de Weslley Carvalho Ferreira, de 1 ano e 10 meses, que desapareceu em dezembro do ano passado. Sete pessoas, entre os pais e os avós da criança, foram indiciadas por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Os restos mortais da vítima nunca foram encontrados.

Ao todo, 11 pessoas foram presas na morte do bebê Wesley, mas sete foram soltos. Entre os presos estão os pais, avós paternos e tios da criança. Quatro menores foram apreendidos suspeitos de participação no crime.

Segundo o advogado de defesa da família, Smailly Carvalho, não há provas suficientes na investigação e todos alegam inocência.

Durante a investigação, a família informou que a criança morreu durante um ritual e o corpo foi jogado em uma caeira [cova rasa destinada à produção de carvão], em um sítio na cidade de Altos, Norte do Piauí. Em depoimento, o pai confessou ter cremado o próprio filho, logo após o bebê desmaiar nos braços da mãe, porque estava duas semanas sem se alimentar.

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Investigação
No dia 9 de fevereiro deste ano, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) abriu um inquérito para apurar o desaparecimento da criança. A primeira versão, que foi apresentada pela família, era de que Weslley teria sido sequestrado no Centro de Teresina em 29 de dezembro de 2021.

A primeira hipótese foi descartada pela polícia que, em seguida, pediu a prisão dos pais e dos avós paternos do bebê devido às irregularidades nos depoimentos deles. Os quatro mandados de prisão temporárias foram cumpridos no dia 21 de fevereiro.

Uma segunda versão, contada pela mãe de Wesley, é que o menino teria caído em um poço no local onde os pais moravam, no município de Altos, a cerca de 40 km de Teresina. Segundo a mulher, o marido e os sogros presenciaram o acidente. A hipótese foi investigada e também descartada.

A avó materna de Weslley, Maria Lúcia, contou que a filha Ângela [mãe do bebê] foi obrigada pelos sogros a mentir sobre o desaparecimento da criança. Ângela contou que o filho morreu nos seus braços, quando ela estava participando de um ritual na casa dos sogros. Todos os participantes, inclusive o bebê, estavam há duas semanas sem se alimentar.

Ainda em fevereiro, policiais civis fizeram buscas por vestígios que pudessem ajudar nas investigações sobre o desaparecimento de Wesley Carvalho Ferreira, mas os restos mortais não foram encontrados. A diligência ocorreu em um sítio no Povoado São Bento.

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Fonte: Cidade Verde

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