Ex-estudante de medicina é indiciado por mais dois estupros no Piauí; jovem foi condenado pelos abusos da irmã e da prima

A Polícia Civil indiciou o ex-estudante de medicina, de 23 anos, por mais dois estupros de vulnerável. As vítimas são primas do jovem, e têm atualmente 16 e 20 anos, mas que na época do crime eram menores de idade.

O ex-estudante, que não terá o nome divulgado para não expor as vítimas, encontra-se preso na Penitenciária Irmão Guido após passar mais de um ano foragido na Argentina. Ele foi condenado a 33 anos de prisão pelo estupro de uma irmã e uma prima, de 9 e 12 anos.

O advogado de defesa do ex-estudante, Eduardo Faustino, não foi encontrado para comentar sobre o novo indiciamento.

O recente inquérito concluído contra o jovem estava sendo investigado pela Delegacia de Luís Correia, Litoral do Piauí. Conforme a denúncia, os crimes ocorreram quando as duas irmãs passavam as férias na casa do suspeito.

O inquérito do caso foi encaminhado à Justiça, no entanto, retornou para o Ministério Público do Piauí, que solicitou novas diligências referentes a documentação do processo. Ao g1, a Polícia Civil informou que vai colher os documentos solicitados para que o caso siga para o Judiciário.

Vítima se diz arrependida por não ter denunciado antes

Jovem relata como aconteceram os supostos abusos que sofreu — Foto: TV Clubehttps://f046c2c04e50de097ab102539705229f.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html

Em entrevista à TV Clube ano passado, a vítima atualmente com 20 anos contou que decidiu não denunciar o caso porque ‘quer esquecer’ o que aconteceu e seguir a vida sem lembrar dos abusos.

Chorando muito, a jovem disse que os abusos ocorreram dos 12 aos 14 anos. Segundo ela, há pelo menos cinco anos não tem nenhum contato com o estudante. A jovem disse que os abusos aconteciam sempre que ia passar férias na casa da família do estudante.

“Ficavam sempre as meninas juntas. A gente ficava no celular, jogando, assistindo… E do nada, sem as pessoas perceberem, ele me trancava dentro do quarto e pegava nas minhas partes íntimas” detalhou ela.

A jovem se diz arrependida de não ter contado dos abusos antes.

“Ele tem pagar o que ele fez. Eu me arrependo muito de nunca ter dado nenhum sinal, porque se eu tivesse falado com alguém, minhas primas eu acho que não teriam passado por isso tudo”, declarou.

Extradição