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Falta de investimento em saúde aumenta taxa de mortalidade infantil no Piauí

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Um levantamento feito pela Fundação Abrinq constatou que a falta de investimento em saúde pública é a principal responsável pela mortalidade infantil. Na Maternidade Dona Evangelina Rocha, Zona Sul de Teresina, a taxa de mortalidade chegou a 43,15 bebês mortos para cada mil nascidos, enquanto a média nacional é de 15 para cada mil. De acordo com a pesquisa, as mortes aumentam quando os investimentos em políticas públicas diminuem.

“A gente fazendo uma soma por alto em todos esses programas, então, o Bolsa Família, Brasil Carinhoso, Programa Nacional de Alimentação escolar e olhando pra todo esses programas, nós tivemos aproximadamente R$ 105 milhões do orçamento e o que estava destinado para eles muitas vezes não foram utilizados, ou seja, houve um contingente desses recursos” disse a gerente executiva da Fundação Abrinq, Denise Cesário.

No Piauí, 17% das crianças com faixa etária de até cinco anos de idade morriam no ano de 2015. Em 2016, o número subiu para 18,6%. De acordo com a presidente do Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI), Miriam Parente, a falta de investimento continua sendo o principal motivo para redução na assistência as crianças nos primeiros anos de vida.

“A gente tem nessa assistência uma redução tanto em material. Faltam coisas básicas para esse atendimento, como também tem a redução dos funcionários que trabalham na área da saúde no Piauí, como médicos, enfermeiros entre outros. A situação nas cidades do interior do estado se agrava mais ainda por falta desses profissionais. ”, afirmou Miriam Parente.

O diretor clínico do Maternidade Wall Ferraz (CIAMCA), no bairro Dirceu, Zona Sudeste de Teresina, disse que metade das gestantes atendidas na unidade vêm de outros municípios, que dificulta o processo de pré-natal e aumenta o índice de partos prematuros.

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“A falta do pré-natal resulta principalmente na má assistência as pacientes, com consequência de riscos para ela e o feto, sobretudo no que diz respeito aos espaços para prematuros. Hoje, a grande vilã da obstetrícia é a prematuridade. Há uma falta de estrutura em partes dos hospitais da demais cidades, principalmente daquelas que mais próximas de Teresina e que acabam transferindo pacientes que poderiam ser resolvidas se houvesse realmente hospitais de qualidade”, comentou o diretor clínico.

Fonte: G1

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